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Brasil: Sem Tempo a Perder

Publicado 02.02.2017, 15:17
USD/BRL
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Chocho

Por aqui a Bolsa, que havia começado o dia no positivo, perdeu força e agora está no vermelho. Destaques positivos são principalmente nomes domésticos. Nossos juros têm leve queda, em dia fraco de indicadores por aqui.

Lá fora o clima é chocho, com foco principalmente em resultados corporativos. No front europeu, destaque para números piores que o esperado para o Deutsche Bank (estava com saudades já?).

É pra valer?

Nos EUA, ainda repercute nas Treasuries e no dólar a decisão do Fed divulgada ontem à tarde. Sem mudanças imediatas nos juros, mercado se voltou à nota divulgada e franziu a testa: o vozeirão que alimentou a expectativa de três aumentos de juros em 2017 deu lugar à voz branda de antes. Yellen voltou a ser Yellen.

Já há quem fale que nada muda por lá pelo menos até junho. O mercado incorpora isso na renda fixa e, combinado com o falatório de Trump sobre câmbio, contribui para a desvalorização do dólar.

Isso reflete do lado de cá. J á há quem identifique nas últimas declarações de Goldfajn sinais de desconforto com a trajetória do dólar.

Faço questão de lembrar que, não muito tempo atrás, Ilan foi taxativo ao afirmar que nosso câmbio é flutuante. Hora de ver ser é pra valer.

Faltou coragem

A mão fraca do Fed encontrou par no Banco da Inglaterra hoje. O primo britânico do nosso Copom decidiu manter juros inalterados por lá, mas sinalizando que inflação está acelerando no reino de Elizabeth II.

Diante da alta de preços, ficou a sensação de que não mexer no juro foi sinal de covardia. A inação é atribuída principalmente às incertezas em torno dos impactos do Brexit… como resultado, mercado bate na libra.

Paralelamente, Theresa May obteve ontem o aval do Parlamento para prosseguir com a saída do Reino Unido da União Europeia. Divulgado agora há pouco caderno contendo um resumo dos próximos passos pretendidos pela Primeira Ministra.

Não temos tempo a perder

Meirelles voltou a reafirmar convicção na aprovação da reforma da previdência até o final deste semestre. Sempre em frente: não temos tempo a perder.

A julgar pelos desdobramentos nas casas do Legislativo, estão postas as condições para avançar na nossa agenda de reformas rumo ao Novo Brasil. Eunício foi confirmado ontem no Senado e, enquanto encerrava esta edição, votação na Câmara tinha Maia como favorito.

(Já tomou seu Engov hoje?)

Volto a Meirelles: sinalizou que novas medidas microeconômicas serão anunciadas na semana que vem: mudanças no regime de recuperação judicial e em regras do mercado de crédito no que tange garantias e alienação fiduciária. Tudo há de colaborar com o restabelecimento de empresas em dificuldade.

Rendição

Ainda Meirelles: revisão da previsão de PIB (é de 1 por cento a atual) só virá mais adiante, e reiterou a leitura de que atividade neste 1T17 já está mais forte.

Olhei com especial atenção para o dado de produção industrial de dezembro, divulgado dias atrás. A despeito de algumas atipicidades (indústria automotiva, por exemplo), realmente tem cheiro de atividade melhorando.

Meses atrás o mercado não acreditava na inflação em 4,5 por cento já em 2017. Se rendeu.

Semanas atrás o mercado não acreditava em juro de um dígito neste ano. Se rendeu.

Será que a previsão de 0,50 por cento do PIB sobreviverá? Ou teremos mais uma rendição?

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