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Semana Agitada Terá Pesquisas, IPCA-15, Emprego, Ata do Fomc, Turquia e Venezuela

Publicado 20.08.2018, 07:00

O clima de agitação e volatilidade deve se manter no mercado financeiro ao longo da semana, segundo analistas de bancos e consultorias. Internamente, por conta das expectativas de acirramento do embate jurídico no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) envolvendo a candidatura Lula/PT à Presidência da República, somado à divulgação de novas pesquisas eleitorais, como Ibope, CNT/MDA e Ipespe/XP. No cenário internacional, a dose de instabilidade virá das tensões comerciais, com destaque para disputa comercial entre EUA, China e União Europeia, além das incertezas advindas da Turquia e da forte depreciação da moeda daquele país, que tem provocado maior aversão ao risco nos mercados globais e refletido nas moedas de países emergentes. A Venezuela também entra no radar com um pacote econômico que desvalorizará a moeda em 96% e elevar o salário mínimo em 6.000%, o que pode levar à hiperinflação e aumentar ainda mais a onda de refugiados, que já começa a provocar conflitos.

Pastor em troca de banco

Neste fim de semana, o governo turco tentou negociar com os Estados Unidos a libertação do pastor Andrew Brunson em troca do fim de um processo contra um banco da Turquia acusado de ter desrespeitado o boicote contra o Irã. O processo poderá custar bilhões de dólares para o banco Halkbank, um dos maiores da Turquia. Sem acordo, é possível que o governo americano adote novas medidas contra o governo de Recep Erdogan, aumentando a preocupação com o país. Brunson foi acusado de manter relações com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, grupo militar separatista que luta por um território curdo.

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Sinais de paz entre EUA e China, mas bolsa volta para os 76 mil pontos

Na semana passada, informações de que representantes da China e dos Estados Unidos estariam marcando reuniões aliviaram um pouco a tensão nos mercados. Mesmo assim, o clima continuou tenso no Brasil por conta do cenário eleitoral, e o Índice Bovespa encerrou a semana com queda de 0,63%, aos 76.028 pontos, acumulando queda de 4,03% no mês e 0,45% no ano. O dólar comercial, por sua vez, subiu para R$ 3,92, com alta de 1,61% na semana, 4,41% no mês e 18,47% no ano. Os estrangeiros estão trazendo dinheiro para o mercado este mês, com saldo positivo de R$ 533 milhões em agosto até dia 14, reduzindo a saída no ano para R$ 5,629 bilhões.

Venezuela tem pacote que eleva mínimo em 6.000%

Aqui do lado, na América Latina, as preocupações com a Venezuela aumentaram após o governo de Nicolás Maduro anunciar um pacote econômico, idealizado pelo próprio presidente, tentando resgatar a combalida economia do país. As medidas incluem um salário mínimo 6.000% mais alto, aumento de impostos e uma depreciação cambial de 96% no bolívar, que passará a se chamar “bolívar soberano”. A nova moeda terá vários zeros cortados para ajustar-se à disparada da inflação que, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), vai chegar a 1.000.000% este ano. Há também uma proposta de atrelar o bolívar soberano à criptomoeda criada pelo governo e atrelada às exportações de petróleo do país.

O pacote foi muito mal recebido por empresários e analistas, que temem que ele leve a uma hiperinflação aberta, e provocou uma corrida aos caixas eletrônicos de bancos e postos de gasolina, já que o governo promete também reduzir o subsídio aos combustíveis. Maduro diz que o governo ajudará as pequenas empresas a pagar o aumento de salários, mas não disse de onde virá o dinheiro nem como serão os pagamentos.

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As medidas aumentaram as buscas de refúgio de venezuelanos em outros países, movimento que começa a provocar reações negativas e conflitos nos vizinhos. No Brasil, um campo de refugiados foi atacado por grupos que incendiaram as barracas, levando o governo de Michel Temer a deslocar tropas para tentar conter a violência contra os venezuelanos. No Equador, o governo passou a pedir passaporte para os refugiados que tentam entrar no país e o Peru ameaça com a mesma medida, segundo o The Wall Street Journal.

IPCA-15, sondagens de confiança e Caged no radar

Na agenda econômica local, os principais destaques são a divulgação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), prévia da inflação oficial de agosto, que sai na quinta-feira (dia 23) e deve apontar arrefecimento dos efeitos da greve dos caminhoneiros. Ênfase ainda para sondagens de confiança da indústria, comércio e consumidor, apuradas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Fundação Getúlio Vargas (FGV), respectivamente, que serão apresentadas entre segunda e sexta-feira. São esperados também dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados ) de criação de empregos, relativos a julho, ainda sem data de divulgação definida.

Eleição: de olho nas novas pesquisas e disputa no TSE

O cenário político deve ser agitado com divulgação de nova pesquisa do Ibope. A movimentação dos candidatos, com a participação em debates, entrevistas e agenda de campanha, e a batalha jurídica do PT para garantir a participação de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição estarão no centro das atenções nos próximos dias.

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Com a insistência do partido para liberação de Lula, para que ele possa entrar na disputa, seguem em destaque os pedidos de impugnação do ex-presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a defesa do PT, com grande chance de a corte mantê-lo fora da eleição por conta da Lei da Ficha Limpa. Os processos foram centralizados com o ministro Luís Roberto Barroso, que deverá decidir sobre a candidatura.

Haddad aguarda definição do TSE para ser candidato; Ciro mais longe do PT

Os desdobramentos políticos do processo no TSE têm repercussão nas forças de esquerda, com indefinições. Cresce a possibilidade de Fernando Haddad sair candidato, em função do veto a Lula, com pesquisas já sinalizando que ele conseguiria ‘herdar’ boa parte dos votos do ex-presidente, como mostrou recente pesquisa feita a pedido da corretora XP Investimentos. Ciro Gomes (PDT), por sua vez, mostra-se, em suas declarações, cada vez menos disposto a uma aproximação com o Partido dos Trabalhadores.

Meirelles e Alckmin: embate no TSE por tempo na TV

No lado das forças de centro, o confronto de Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB) pode se acentuar. Meirelles foi ao TSE contestar o apoio de seis partidos – DEM, PP, PRB, PR, PTB e Solidariedade – a Alckmin. Segundo ele, as legendas não teriam formalizado a coligação, mas apenas o apoio ao tucano. Com isso, o candidato do PSDB não teria direito a se beneficiar do tempo maior de propaganda na televisão e rádio. O ex-governador paulista classificou de “tapetão” a iniciativa do ex-ministro da Fazenda, garantindo que a coligação tem amparo legal

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Bradesco (SA:BBDC4) estima variação de 0,12% para prévia da inflação oficial

Os economistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depec) do Bradesco estimam que a inflação ao consumidor (IPCA-15) relativa a agosto terá variação de 0,12%. “O indicador deverá mostrar dissipação dos efeitos da paralisação dos caminhoneiros, resultando em deflação de alimentação”, destaca a equipe em relatório. Contudo, dizem os analistas, ainda que em patamar confortável, os núcleos continuarão com ligeira aceleração.

Arrefecimento dos efeitos da paralisação dos caminhoneiros sobre os preços

“Projetamos variação de 0,11% nesta leitura, na onda do arrefecimento do efeito do choque de preços causado pela paralisação de maio”, analisa em relatório a equipe da Rosenberg Associados. “Ainda devemos observar arrefecimento na comparação em 12 meses, passando de 4,53% para 4,27%”.

Voltando à variação mensal, os economistas da Rosenberg dão ênfase à menor pressão sobre o grupo Alimentos e Bebidas, que deve registrar deflação nesta leitura, puxado pelo recuo dos itens in natura e proteínas. O grupo Transportes, diz o relatório dos consultores, também deve ter deflação, contando com queda no subgrupo de combustíveis.

Para o Banco Fator, o IPCA-15 deverá registrar variação de 0,11%, contra 0,64% em julho, e com o acumulado em doze meses caindo de 4,53% para 4,26%.

No exterior, destaque para encontro de bancos centrais e ata do FOMC

O calendário externo traz entre os principais destaques, segundo analistas da consultoria Rosenberg Associados e do Banco Votorantim, o simpósio de política monetária nos EUA, em Jackson Hole, que a partir de quinta-feira deve aprofundar a discussão sobre a condução da política monetária global, envolvendo os principais agentes dos bancos centrais das economias mais importantes do mundo desenvolvido.

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O foco também estará direcionado à ata do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA), referente à reunião do FED (Federal Reserve, BC americano) do começo de agosto, que será conhecida na quarta-feira (22), além dos dados preliminares de atividade na Europa, a serem divulgados na quinta-feira.

Preocupações com a Turquia e os mercados emergentes.

A equipe do Bradesco afirma em relatório que as tensões comerciais seguem como destaque na conjuntura internacional, em função do recrudescimento das questões comerciais e das incertezas com a Turquia, com a aversão ao risco permanecendo elevada nos mercados globais.”Ativos de países emergentes, especialmente aqueles que se colocam mais frágeis – com piora da inflação, elevada dependência externa ou contas públicas debilitadas – apresentaram as maiores volatilidades”, escrevem os economistas, referindo-se ao cenário da última semana.

Lembram que, como resposta, o Banco Central da Argentina, em reunião extraordinária, elevou a taxa de juros de 40% para 45% ao ano, e nesse ambiente, o real acumulou depreciação importante no período. No Brasil, destaca em relatório o Banco Fator, os juros terminaram a semana com algum alívio, embora em patamar superior ao da semana passada.

Área do Euro tende a manter ritmo de expansão

Na Área do Euro, lembram os analistas do Depec-Bradesco, foi divulgada a segunda estimativa do PIB do segundo trimestre, com crescimento de 0,4% ante o 0,3% da leitura anterior. “Para os próximos meses, esperamos manutenção do ritmo de expansão, resultando em alta de 2,0% do PIB neste ano”, estimam.

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