Após atingir a máxima do ano no dia 05 de agosto aos 5.882,50, o dólar futuro além de acumular uma perda de 375 pontos (máxima do dia 05 de agosto até o fechamento do pregão do dia 12 de agosto) chegou ao sétimo dia consecutivo de queda.
Entre o final de outubro de 2023 e o final de março de 2024 tivemos o dólar variando menos de 160 pontos em uma congestão como mostra o gráfico abaixo, entre os 4.846,00 (região de mínima) e 5.014,50 (região de máxima).
Esta congestão durou pouco mais de 5 meses em um mercado com maior previsibilidade operacional, operadores institucionais fizeram muito dinheiro com uma baixa tomada de risco em operações rápidas de scalper, trocando lotes em um range bastante curto.
Já do início de abril até a máxima do ano, tivemos um acumulado de mais de 850 pontos no dólar em um curtíssimo espaço de 90 dias. Como mostra o gráfico abaixo;
Agora com a chegada das eleições americanas, a valorização do IENE, os desafios do nosso banco central e a dificuldade do governo em reduzir gastos e cumprir a meta fiscal, ao contrário procura alternativas para criar aumento de arrecadação com novos tributos para cobrir parte do seu déficit, essa queda de 375 pontos no dólar futuro, pode ter sido uma queda muito robusta, tanto é que os juros futuros no Brasil não têm acompanhado este volume de queda, como podem ver o gráfico abaixo;
A inflação de julho subiu acima da meta prevista pelo banco central de 0,35% para 0,38% com alta acumulada de 2,87% no ano e 4,50% nos últimos 12 metas chegando ao teto da meta de inflação definida pelo conselho monetário nacional (CMN).
A alta do preço da gasolina em 3,15% em julho puxada pela alta do dólar, deve impactar os preços dos produtos neste mês de agosto e setembro, além da alta de mais de 1,9% das tarifas de energia elétrica.
Os desafios estão aí para o governo e nos operadores analisando os números e as oportunidades que a tela nos mostra para onde o mercado vem levando o preço do dólar!