Ontem, em nova comunicação com a imprensa, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que espera “um gesto positivo a favor do Brasil na próxima reunião do Copom”.
A fala é mais uma entre as inúmeras tentativas da ministra e de outros membros do governo de pressionar o Banco Central a reduzir a taxa de juros.
O grande problema é que essas pressões públicas estão causando exatamente o efeito inverso.
Vemos, abaixo, que as expectativas de inflação seguem subindo, bem como as taxas de juros.


Em épocas como esta, é bom sempre reforçar:
O Banco Central não gosta de juros altos nem é uma instituição má. O Banco Central é responsável pelo controle da inflação.
Quando as expectativas sobem, elas contaminam a inflação de fato, uma vez que os agentes reajustam os preços baseados nessa expectativa.
Com isso em mente, o BC fica sem espaço de reduzir a taxa Selic, sob o risco de acelerar a inflação atual.
A inflação é a pior coisa que pode acontecer com uma economia. Ela corrói o poder de compra da população de baixa renda e aumenta a desigualdade social.
A inflação é o pior imposto que se pode pagar.
É bom deixar bem claro para a ministra que o BC garantindo o controle da inflação é o melhor “gesto” a favor do Brasil que podemos esperar.