As atenções de agentes do setor de soja estão voltadas ao desenvolvimento das lavouras e à colheita no Brasil, iniciada de forma ainda lenta no Paraná e em Mato Grosso. Segundo pesquisadores do Cepea, a expectativa é de que os trabalhos de campo se intensifiquem entre o final de janeiro e o começo de fevereiro. As áreas de cultivo precoce têm registrado baixa produtividade, diante das chuvas tardias, gerando preocupações quanto à oferta da safra 2021/22. O cenário mais preocupante é verificado no Sul do País. No Paraná, apenas 2% da área semeada havia sido colhida até o final da semana passada, mas as condições das lavouras estão cada dia piores. Por outro lado, produtores do Sudeste e de parte do Centro-Oeste do Brasil ainda estão otimistas quanto à safra de soja e esperam por produção volumosa nestas regiões.
MILHO: CEREAL É NEGOCIADO ACIMA DOS R$ 100/SC EM ALGUMAS PRAÇAS
Em algumas praças acompanhadas pelo Cepea, a saca de 60 kg do milho já vem sendo negociada acima de R$ 100, como é caso de Campos Novos (SC). No Rio Grande do Sul, estado em que a produção foi bastante prejudicada pela falta de chuva, a saca é comercializada próxima de R$ 100. De acordo com pesquisadores do Cepea, produtores seguem limitando o volume ofertado em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Assim, compradores têm voltado ao spot, na tentativa de recompor os estoques, mas têm tido dificuldade para realizar novas aquisições. Estimativas sobre a produção brasileira foram divulgadas na semana passada e confirmaram as perdas da safra verão brasileira na temporada 2021/22.
MANDIOCA: OFERTA LIMITADA MANTÉM PREÇO FIRME
As chuvas de forma desigual nas diferentes regiões acompanhadas pelo Cepea seguiram dificultando os trabalhos de campo envolvendo a raiz de mandioca. Do lado da demanda, agentes de indústrias têm retomado as atividades gradualmente, elevando o interesse pela matéria-prima. Nesse cenário de oferta controlada e de demanda um pouco mais aquecida, os preços da raiz subiram na segunda semana de janeiro frente à anterior
OVOS: APÓS FORTE QUEDA, PREÇO DO OVO REAGE NA 2ª SEMANA DO MÊS
Os preços dos ovos comerciais apresentaram reajustes positivos na segunda semana de janeiro, recuperando apenas parte das intensas perdas verificadas no início do ano, quando produtores e distribuidoras buscaram escoar a produção, visando reduzir os estoques. Segundo pesquisadores do Cepea, a recente sustentação aos valores veio da oferta mais controlada, sobretudo de ovos maiores. Além disso, a demanda esteve um pouco mais aquecida, devido ao baixo poder de compra da população, que busca consumir proteínas mais em conta.