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Soja: Comercialização do grão esteve aquecida no mercado brasileiro em novembro

Publicado 08.12.2022, 14:35
Atualizado 14.05.2017, 07:45

A comercialização da soja em grão esteve aquecida no mercado brasileiro em novembro, resultado da boa demanda. As elevações cambial e externa também deram suporte para as negociações. No início do mês, a maior procura internacional pela oleaginosa do Brasil esteve atrelada aos problemas logísticos nos Estados Unidos, em decorrência do baixo nível do rio Mississipi. Ao longo do mês, porém, demandantes do mercado externo foram redirecionados para os Estados Unidos, influenciados pela normalização na logística e pela finalização na colheita norte-americana da safra 2022/23. Vale ressaltar que as negociações no Brasil foram interrompidas por bloqueios na rodovia que leva ao porto de Paranaguá (PR), o que prejudicou o transporte de cargas, resultando em filas de navios nos portos. Em novembro, o Brasil escoou 2,64 milhões de toneladas, queda de 35% em relação a outubro, de acordo com dados da Secex. De janeiro a novembro, os embarques nacionais somaram 77,25 milhões de toneladas, 7,4% inferiores aos do mesmo período de 2021 e os menores para os 11 primeiros meses do ano desde 2019.

Os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná avançaram 1,3% e 1,5%, respectivamente, entre outubro e novembro, a R$ 186,13/sc e de 182,44/sc de 60 kg no último mês. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores subiram 0,9% tanto no mercado de balcão (pago ao produtor) quanto no de lotes (negociações entre empresas). O dólar se valorizou 0,7% entre outubro e novembro, a R$ 5,2832 – a maior média nominal desde julho deste ano. O aumento nos preços domésticos foi limitado pelo maior interesse de venda, atribuído ao elevado remanescente da safra 2021/22 e às expectativas de safra nacional recorde na temporada 2022/23. Produtores, inclusive, prolongaram o prazo de pagamento para o primeiro trimestre de 2023, em alguns casos. Além disso, medida adotada pelo governo argentino no dia 28 de novembro, e que deve se estender até o final deste ano, estabeleceu um sistema chamado de “dólar soja”. Assim, nas transações externas da oleaginosa, um dólar passa a valer 230 pesos argentinos, acima do registrado em setembro, de 200 pesos/dólar. Vale ressaltar que a Argentina é a principal exportadora mundial de farelo e óleo de soja, e essa medida tende a estimular as vendas externas do país e a resultar, consequentemente, em menor demanda de derivados dos Estados Unidos e do Brasil.

ÓLEO DE SOJA – A demanda pelo derivado aumentou em novembro, especialmente para a produção de biodiesel. Diante disso e da valorização externa, o óleo de soja negociado na região de São Paulo (com 12% de ICMS incluso) se valorizou 9,2% entre as médias de outubro e de novembro, indo para R$ 7.884,73/tonelada em novembro – a maior cotação desde julho deste ano. Agentes estiveram otimistas quanto à possível volta da maior mistura obrigatória do biodiesel ao óleo diesel em 2023, o que pode aumentar o esmagamento da soja no mercado interno. Vale ressaltar que a alta doméstica esteve atrelada também à valorização externa, que, por sua vez, se deve ao aumento petróleo. Na Bolsa de Chicago, o contrato Dez/22 subiu expressivos 7% entre as médias de outubro e de novembro, a US$ 0,7513/lp (US$ 1.656,31/tonelada).

FARELO DE SOJA – Os preços apresentaram comportamentos distintos dentre as regiões, com uma parte dos consumidores relatando estar abastecida para este ano. Outra parcela, entretanto, esteve mais ativa nas negociações, no intuito de repor os estoques para o último bimestre do ano. Com isso, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores do farelo de soja registraram ligeiro aumento de 0,4% ente as médias de outubro e de novembro. No front externo, o contrato Dez/22 avançou 0,3% na CME Group, com média de US$ 412,78/tonelada curta (US$ 455,00/t) em novembro.

CAMPO – As chuvas abaixo do esperado em regiões do Sul e do Centro-Oeste do País preocuparam sojicultores quanto ao desenvolvimento das lavouras. Parte dos produtores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, inclusive, até chegou a desacelerar a semeadura da oleaginosa, mas o maior índice pluviométrico no final do mês trouxe alívio a esses sojicultores. Na Argentina, a escassez de chuva esteve ainda maior, cenário que limitou as atividades de campo e deixou produtores em alerta. Dos 16,7 milhões de hectares de soja a serem cultivados no país vizinho, apenas 29,1% foram semeados até o dia 30, atraso de 17,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2021, segundo a Bolsa de Cereales.

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