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Soja: Dólar Sobe, Incentiva Novas Vendas e Eleva Preço

Publicado 01.04.2019, 08:11
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Os preços da soja subiram no mercado brasileiro em março, especialmente na última semana do mês, quando o dólar chegou a operar acima dos R$ 4,00. De acordo com pesquisas do Cepea, esse cenário incentivou novas vendas, que, vale lembrar, vinham acontecendo em ritmo lento desde o início do ano. O movimento altista se deve também às fortes demandas externa e de indústrias brasileiras. Levantamento do Cepea indica que a alta nos preços domésticos, no entanto, foi limitada pela significativa desvalorização nos valores internacionais. Em março, o Indicador Paranaguá avançou 0,4%, finalizando a R$ 77,71/saca de 60 kg na sexta-feira, 29, e o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu leve 0,06%, a R$ 72,51/sc.

MILHO: MOVIMENTO DE QUEDA PERDE FORÇA

O movimento de forte baixa nos preços internos, que vinha sendo observado nas duas últimas semanas, se enfraqueceu, influenciado pela posição retraída de vendedores consultados pelo Cepea – em algumas regiões, os preços chegaram a subir. Esses agentes, atentos aos estoques reduzidos da indústria e à valorização da soja, passaram a priorizar a comercialização da oleaginosa, limitando a oferta de milho e pedindo preços maiores. Compradores consultados pelo Cepea, por sua vez, passaram a se concentrar apenas em negociações de pequenos lotes, devido à necessidade de repor estoques. Com o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras e com a expectativa de oferta elevada na segunda safra, demandantes adquirem lotes maiores para entrega no segundo semestre, à espera de preços menores. Inclusive, as negociações para exportação no segundo semestre tiveram maior ritmo ao longo da semana. Assim, de 22 a 29 de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (referência região de Campinas – SP) subiu 0,05%, indo a R$ 38,43/saca de 60 kg na sexta, 29. No mês, a alta/baixa é de XX%.

MANDIOCA: COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO SEGUEM AQUECIDAS

A colheita e a comercialização de mandioca continuaram aquecidas, devido à necessidade de capitalização e/ou de liberação de áreas arrendadas por produtores consultados pelo Cepea que dispõem de lavouras de dois ciclos ou mais. Esse cenário, aliado à ausência de chuvas, impulsionou a oferta no período. Mas, a diminuição da moagem em parte da indústria, com algumas até interrompendo o processamento, enfraqueceu a demanda industrial. Assim, de 25 a 29 de março, o preço médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 317,83 (R$ 0,5527 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), baixa de 4,4% ante o do período anterior. Em termos nominais, a média mensal recuou 9,4% em março, ficando em R$ 337,17 por tonelada (R$ 0,5864 por grama de amido).

CENOURA: PROBLEMAS NA QUALIDADE DAS LAVOURAS NÃO AFETAM PRODUTIVIDADE

A qualidade das cenouras é um problema recorrente nas lavouras mineiras nesta época do ano, devido ao clima quente e chuvoso. Entre 25 e 29 de março, a mela continuou prejudicando a produção – produtores consultados pelo Cepea relataram, ainda, que parte das compras foi devolvida, devido às condições ruins das raízes. Porém, a produtividade não foi afetada como no mês anterior e o rendimento em março foi de 50,2 t/ha, 23% maior frente a fevereiro. Com a qualidade limitada e maior produtividade, os preços caíram em São Gotardo (MG). A caixa de 29 kg de cenoura “suja” foi comercializada a R$ 29,00, queda de 7,9% frente à semana anterior.

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