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Soja: Exportação, Câmbio, Estoque e Demanda Doméstica Eleveram os Preços em Julho

Publicado 10.08.2021, 13:20
Atualizado 14.05.2017, 07:45

A alta dos prêmios de exportação, a valorização cambial, os baixos estoques das indústrias brasileiras e a firme demanda doméstica elevaram os preços da soja em julho. Além disso, a partir da segunda quinzena do mês, os sojicultores brasileiros estiveram retraídos, evitando negociar grandes volumes da oleaginosa no mercado spot. Como a China vinha adquirindo volume recorde do Brasil, e a taxa cambial estava atrativa aos produtores, muitos acreditam em alta mais significativas no último trimestre do ano e seguraram também a efetivação de contratos a termo para a safra 2021/22. O que chamou a atenção é que, embora os sojicultores estivessem cautelosos em negociar o excedente da safra 20/21 e também a safra 21/22, produtores, especialmente de Mato Grosso, já começaram a ofertar lotes da safra 22/23. Esses agentes relataram que as negociações da safra 22/23 foram influenciadas pela taxa cambial atrativa para 2023. No dia 1º de julho, o prêmio de exportação de soja para embarque em ago/21, com base no porto de Paranaguá (PR), tinha comprador a 73 centavos de dólar/bushel e vendedor a 77 centavos de dólar/bushel; no dia 30 de julho, compradores indicavam US$ 1,38/bushel, e vendedores, US$ 1,50/bushel.

Diante disso, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá aumentou significativos 3,5% entre as médias de junho e de julho, com preço médio de R$ 167,60/sc de 60 kg no último mês. Entre jul/20 e jul/21, os preços subiram 44,4%, em termos nominais. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná registrou média de R$ 162,65/sc de 60 kg em julho, aumento de 3,5% na comparação mensal e de expressivos 48,6% na anual. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, entre junho e julho, os avanços foram de 1,9% no balcão e de 3,7% no mercado de lotes. As médias dos respectivos mercados ficaram 50,7% e 46,6% superiores às verificadas em jul/20. O dólar se valorizou 2,7% entre às médias de junho e julho. Ressalta-se, entretanto, que entre jul/20 e jul/21, a moeda norteamericana registrou queda de 2,2%.

DERIVADOS – Com a retração dos produtores, as indústrias brasileiras sinalizaram dificuldades nas aquisições de soja em grão no correr de julho. Além disso, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) confirmou o aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao Diesel A de 10 para 12% no 81º Leilão de Biodiesel. Nos leilões anteriores, o percentual havia sido reduzido de 13 para 10%, em decorrência dos efeitos da alta do custo do óleo de soja nos mercados brasileiro e internacional, combinados com a desvalorização do Real frente ao dólar, que havia impulsionado as exportações de soja e também encarecido o valor do biodiesel produzido nacionalmente. Com o aumento do preço do óleo diesel, foram demonstradas justificativas para que o percentual de mistura de biodiesel fosse fixado em 12%. Esse anúncio, registrado em momento de entressafra brasileira, tende a reforçar o aumento da demanda doméstica por óleo de soja. Além disso, a valorização externa do derivado também refletiu em alta no valor do coproduto brasileiro. Assim, os preços do óleo de soja na cidade de São Paulo (com 12% de ICMS incluso) registraram alta de 0,8% entre junho e julho, com preço médio de R$ 7.047,86/tonelada no último mês. Em relação a jul/20, os preços do óleo subiram significativos 64,2%. Quanto ao farelo de soja, compradores paulistas afirmaram que a oferta do derivado no estado esteve escassa em julho e, por isso, adquiriam o produto dos estados de Goiás e Mato Grosso. No geral, a alta nas cotações desse coproduto foi limitada pela cautela de consumidores, que relataram ter estoques para consumir até a primeira quinzena de agosto. Com isso, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços do farelo de soja cederam ligeiro 0,3% entre junho e julho. Na comparação anual, entretanto, as cotações do derivado subiram 29,5%.

INTERNACIONAL – Os contratos futuros de soja negociados na CME Group (Bolsa de Chicago) cederam entre junho e julho, influenciados pela menor demanda internacional, especialmente da China. Vale ressaltar, no entanto, que, na parcial desta safra (de set/20 até 29 de julho/21), saíram dos portos estadunidenses 58,22 milhões de toneladas de soja, volume 47,83% superior ao escoado em igual período da temporada passada, conforme dados do relatório de inspeção e exportação do USDA. Na CME Group (Bolsa de Chicago), o contrato de primeiro vencimento da soja registrou queda de 2,6% entre junho e julho, a US$ 1.424,93/bushel (US$ 31,41/sc de 60 kg). Entretanto, em relação há um ano, os preços do último mês estiveram 59,1% superiores. Quanto ao farelo de soja, a queda mensal foi de 3,6%, para US$ 360,65/tonelada curta (US$ 397,55/t). Em relação há um ano, o preço futuro deste coproduto se valorizou 4,6%. Já os preços futuros de óleo de soja subiram em julho, influenciados pela firme demanda, especialmente para a produção de biodiesel. O contrato de primeiro vencimento do óleo se valorizou ligeiro 0,9% entre junho e julho, com preço médio de US$ 0,6585/lp (US$ 1.451,68/tonelada). O valor do óleo estadunidense esteve, no último mês, mais que o dobro do valor negociado no mesmo período de 2020.

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