Bitcoin testa zona decisiva próximo a US$ 112 mil em meio a cautela no mercado
Os preços do complexo soja estão firmes no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação vem da maior demanda pelo grão e da valorização do dólar – o câmbio movimentou as negociações nos portos, acirrando a disputa entre consumidores domésticos e importadores. Além disso, a redução dos custos com frete elevou os valores no interior do País. Nesse cenário, os Indicadores CEPEA/ESALQ – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da soja em grão operam nas máximas do ano. Para os derivados, as negociações estão aquecidas, sobretudo as envolvendo o farelo para a exportação. Pesquisadores do Cepea indicam que, atentos às recentes valorizações e temendo altas mais significativas, consumidores domésticos realizaram novas aquisições de farelo para completar os estoques.
MILHO: Quedas nos preços domésticos perdem força
Mesmo com a colheita em fase final, o movimento de queda nos preços do milho perdeu a força ao longo da semana passada, com algumas regiões chegando a apresentar leve alta. Pesquisadores do Cepea indicam que a sustentação aos preços veio da posição firme de vendedores e das valorizações nos portos, que, por sua vez, foram influenciadas pela melhora no ritmo dos embarques e pelos avanços do dólar e das cotações externas. Parte dos vendedores consultados pelo Cepea voltou a limitar a oferta no spot, se concentrando nas atividades de campo e no aguardo de melhores oportunidades. Outros que já estão com o cereal colhido e armazenado não mostram necessidade de venda imediata. Compradores domésticos, por sua vez, priorizam o consumo dos estoques e/ou preferem guardar a entrega dos lotes negociações antecipadamente – pesquisadores do Cepea destacam, inclusive, que esse contexto limitou maiores avanços preços internos.
FEIJÃO: Preços de feijões carioca e preto apresentam movimentos distintos
Levantamento do Cepea mostra que, mesmo diante da colheita, os preços do feijão carioca têm reagido. Segundo o Centro de Pesquisas, a sustentação vem da postura firme dos produtores que detêm recursos financeiros de armazenamento. Além disso, verifica-se maior demanda por lotes melhores. Já para o feijão preto, o Cepea verifica queda nos valores, pressionados pelo excedente da oferta neste período de entressafra. Dados da Conab mostram que, até dia 18, a colheita somava pouco mais de 72% da área em Minas Gerais, sinalizando quedas de produtividade, o que, por sua vez, está atrelado ao ataque da mosca branca. Em Goiás, as atividades estão se encerrando e concentradas nas regiões do norte, oeste e leste do estado.
MANDIOCA: Oferta reduz ainda mais, e média semanal fecha estável
Descontentes com os atuais patamares de preços – média real 16,2% menor que a de igual período do ano passado –, parte dos produtores de mandioca, principalmente os que dispõem apenas de raízes de 1º ciclo, tem diminuído ainda mais o ritmo das entregas, reduzindo a oferta, apontam levantamentos do Cepea. Ao mesmo tempo, a demanda pela matéria-prima sinaliza aumento, sobretudo na indústria de farinha. Segundo o Centro de Pesquisas, empresas com dificuldade em manter o abastecimento chegaram a elevar os valores de compra, enquanto as unidades de regiões de maior oferta seguiram exercendo pressão baixista. A média semanal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 451,81 (R$ 0,7858/grama de amido), praticamente estável em relação ao período anterior. Nas últimas quatro semanas, a desvalorização acumulada é de 1,85%, ainda conforme levantamentos do Cepea.