Os preços do óleo de soja subiram com força nos Estados Unidos e no Brasil na primeira quinzena de setembro, registrando as maiores médias mensais desde janeiro, em termos nominais, em ambos os países. No Brasil, a tonelada do derivado teve média de R$ 2.724,52 (posto na cidade de São Paulo com 12% de ICMS) no período, alta de 3,3% frente à média de agosto. Segundo pesquisadores do Cepea, as valorizações do derivado estão atreladas às expectativas de aumento de demanda nos Estados Unidos e no Brasil, uma vez que a União Europeia deve reduzir significativamente as tarifas por antidumping impostas à importação do biodiesel da Argentina em 2013. Assim, agentes de mercado esperam que a disponibilidade do óleo de soja argentino para exportação diminua (o país sul-americano é o maior fornecedor mundial de óleo e farelo de soja), o que pode redirecionar importadores do derivado para os mercados norte-americano e brasileiro.
MILHO: INDICADOR TEM ALTA DE 5,7% EM SETEMBRO
Atentos à próxima safra e ao ritmo intenso das exportações, produtores brasileiros de milho continuam retraídos das vendas, tanto no mercado spot quanto no a termo. Em São Paulo, segundo relatos de colaboradores, compradores seguem com dificuldade de encontrar cereal disponível para comercialização, o que tem mantido os preços em alta. Na região de Campinas (SP), base do Indicador ESALQ/BM&FBovespa, a saca de 60 quilos do milho registrou elevação de 2,6% entre 8 e 15 de setembro, fechando a R$ 28,86 no dia 15. No acumulado do mês (até o dia 15), o aumento é de 5,7%.
MANDIOCA: CLIMA QUENTE E SECO PREJUDICA COLHEITA; PREÇOS SEGUEM EM ALTA
O clima quente e seco dos últimos dias interrompeu os trabalhos de campo, cenário que, somado à baixa disponibilidade de lavouras de segundo ciclo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, reduziu a oferta de raiz, impulsionando as cotações. As quedas, porém, foram limitadas pelo aumento da demanda, principalmente por parte da indústria de fécula. Assim, o valor médio a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia entre 11 e 15 de setembro foi de R$ 518,39 (R$ 0,90,16 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), valorização de 5,4% frente à média anterior e de 37,7% na comparação com o mesmo período de 2016 em valores atualizados (deflacionamento pelo IGP-DI de agosto/17).
BANANA: NANICA SE VALORIZA EM TODO O BRASIL
As cotações da banana nanica subiram nos últimos dias em todas as regiões produtoras acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea. A maior valorização, de 25%, foi observada no norte de Minas Gerais, onde a fruta teve média de R$ 1,00/kg entre 11 e 15 de setembro, a mais alta do período. Já em Bom Jesus da Lapa (BA) e no Norte de Santa Catarina, os preços aumentaram 12%, fechando a R$ 0,95/kg na BA e a R$ 0,54/kg em SC. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a procura pela nanica aumentou nos últimos dias, possibilitando o rápido escoamento da produção e a consequente valorização da fruta.