Em outubro, os valores da soja em grão e do farelo alcançaram os maiores patamares dos últimos três meses; para o óleo, o preço foi o maior dos últimos nove meses. Segundo pesquisadores do Cepea, as valorizações do complexo da soja estão atreladas à firme demanda externa e à retração de produtores da comercialização de grandes lotes, visto que as ofertas para entrega em 2018 têm preços mais elevados. Além disso, as cotações foram impulsionadas pela valorização do dólar, que teve média de R$ 3,1950 em outubro, a maior desde julho deste ano, em termos nominais. Neste cenário, a média do Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá registrou alta de 1,5% entre setembro e outubro, a R$ 71,47/saca de 60 kg no mês passado, a maior desde julho, em termos reais (IGP-DI set/17). O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná avançou 2,3% na mesma comparação, com média de R$ 66,48/sc no mês passado, também a maior dos últimos três meses. Quanto ao farelo, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços subiram fortes 5,2% entre setembro e outubro. Em 21 das 35 regiões acompanhadas pelo Cepea, a média de outubro foi a maior dos últimos três meses, em termos nominais. Quanto ao óleo de soja, os preços são os maiores desde janeiro, em termos reais, com média de R$ 2,753,19/tonelada (posto na cidade de São Paulo com 12% de ICMS) em outubro.
MILHO: INDICADOR SOBE NOVAMENTE E RETOMA PATAMAR DE MAR/17
O forte ritmo das exportações, aliado à perspectiva de redução da área de milho verão, tem mantido vendedores retraídos, na expetativa de preços maiores nas próximas semanas. Por outro lado, compradores se mostram mais flexíveis nas negociações, com o objetivo de repor estoques. Neste cenário, o mercado brasileiro de milho continua em alta. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas-SP) subiu 3,5% em sete dias, indo a R$ 32,87/saca de 60 quilos na sexta-feira, 3 – mesmo patamar nominal registrado em março/17. Em outubro, o Indicador apresentou a maior média do segundo semestre deste ano, de R$ 30,38/sc, 4,1% superior à média de setembro, mas 28% inferior à de mesmo período de 2016.
CITROS: BAIXA LIQUIDEZ PRESSIONA COTAÇÕES DA TAHITI; LARANJA PERA SE VALORIZA
As vendas de lima ácida tahiti estão enfraquecidas no mercado doméstico, conforme colaboradores do Cepea, cenário que pressionou as cotações da variedade em São Paulo nos últimos dias. Entre 30 de outubro e 3 de novembro, a tahiti teve média de R$ 60,05/cx de 27 kg, colhida, queda de 13,8% frente à semana anterior. Quanto à laranja de mesa, as negociações também estiveram mais lentas nos últimos dias, devido ao período de fim de mês e ao feriado de Finados, no dia 2. No entanto, com a interrupção da colheita no período chuvoso, a oferta diminuiu, elevando os preços. Entre 30 de outubro e 3 de novembro, a pera registrou média de R$ 20,38/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 1,4% em relação à semana anterior.