A liquidez esteve maior no mercado de soja no início da última semana, com negócios para pronta entrega e também para novembro – segundo colaboradores do Cepea, vendedores aproveitaram as altas verificadas nos preços internacionais e, consequentemente, domésticos. Já na segunda metade da semana, o ritmo de negociações diminuiu, visto que sojicultores, preocupados com o clima, se afastaram do mercado – a umidade do solo dificulta o semeio em regiões liberadas para o cultivo da nova temporada. Nesse cenário, e com a desvalorização de 2,2% do dólar na semana, os preços registraram ligeiras quedas. Entre 27 de setembro e 4 de outubro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá caiu 0,2%, a R$ 86,38/saca de 60 kg na sexta-feira. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná também recuou 0,2% no período, para R$ 80,69/sc de 60 kg. O dólar, por sua vez, fechou a R$ 4,061 na sexta-feira, 4.
MILHO: COM VENDEDORES CAUTELOSOS, PREÇO INTERNO SEGUE EM ALTA
As negociações envolvendo milho estão lentas no Brasil, mas os preços seguem em alta em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. A maior parte dos vendedores está cautelosa, fechando negócios apenas conforme a necessidade, ao passo que compradores mostram interesse em realizar novas aquisições. Além disso, os embarques de milho estão em ritmo intenso, o que também reforça a alta nos preços domésticos. Entre 27 de setembro e 4 de outubro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas, SP) subiu 2,8%, a R$ 39,97/sc de 60 kg na sexta-feira, 4.
MANDIOCA: OFERTA REDUZIDA E DEMANDA FIRME IMPULSIONAM VALORES
Chuvas têm prejudicado o avanço dos trabalhos de campo, mantendo o plantio atrasado em boa parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Além do clima, a baixa rentabilidade da mandiocultura – que tem diminuído a cada semana, por conta do menor rendimento de amido – também tem levado produtores a adiar a colheita. Com a oferta reduzida, o ritmo de processamento continuou abaixo das expectativas de agentes. A demanda por raízes, por sua vez, seguiu em alta, especialmente nas duas últimas semanas, visto que o mercado de fécula deu sinais de melhora na liquidez. Assim, entre 30 de setembro e 4 de outubro, o preço médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia ficou em R$ 296,14 (R$ 0,5150 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), alta de 3% frente à média do período anterior. Em valores atualizados (deflacionamento pelo IGP-DI de setembro/2019), a média da última semana ficou 35,8% abaixo daquela de igual período do ano passado.
OVOS: COM ALTA OFERTA DE OVOS PEQUENOS, PREÇO DO TIPO EXTRA NÃO SOBE NESTE INÍCIO DE MÊS
As cotações dos ovos brancos tipo extra estão praticamente estáveis neste início de outubro, com ligeira tendência de baixa na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Apesar de o período ser tipicamente de maior procura, a elevada oferta de ovos pequenos segue pressionando as cotações do produto tipo extra. Para os ovos vermelhos, no entanto, os preços registraram leve alta nos últimos dias, devido ao aumento das negociações.