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Somos todos reféns (os bodes na sala da Bolsa)

Publicado 28.11.2013, 07:46
IBOV
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Hoje é dia de Copom, bebê

Feijoada, Ponte Preta, Atlético Paranaense e aumento de 50 pontos. Essas são as minhas pedidas para esta quarta-feira. A mais convicta delas é da Selic. A única que estou com o consenso. Se é consenso, está na conta. O que pode não estar na conta é perspectiva de um aperto monetário mais forte em 2014. Por isso, as atenções se voltam para eventuais sinalizações neste sentido. E para o Paulo Baier, é claro.

O que a bola de cristal diz sobre a Selic em 2014?


Um avanço adicional até 10,5% ao ano, e, daí para frente, uma zona cinzenta (com assimetria apontando para cima). Ou seja, mantenha a renda fixa em títulos pós-fixados, a cautela com incorporadoras grandes (Cyrela é exceção) e com consumo dependente do crédito. Além da feijoada a R$ 14,90 no bar do Fumaça, essa quarta-feira tem promoção de FIIs. Quem comprar o relatório sobre as oportunidades em fundos imobiliários com base na Selic, ganha 50% de desconto na compra da carteira recomendada de fundos imobiliários, que sai segunda.

Somos todos reféns


O macro certamente não ajuda, mas isso pode não significar muita coisa. Talvez você não tenha percebido, mas a Bolsa (travestida aqui de Ibovespa) está completamente amarrada, refém de fatores particulares. O golpe de misericórdia da recuperação judicial fez com que tirassem o corpo que definhava (OGX) do salão principal da BM&F Bovespa. No lugar, deixaram três bodes.

Os tais bodes da sala


Sem a OGX, o Ibovespa é norteado pelas ações de Vale, Petrobras e dos bancos. Juntas, elas representam 40% da carteira teórica do índice. Agora, o que dizem os búzios: Petro: oscila completamente à merçê do reajuste (ou não) no preço dos combustíveis Vale: refém do impasse no julgamento do STJ sobre a tributação de lucros no exterior (processo de R$ 30 bilhões) Bancos: a espera da resolução do fator que pode mudar tudo, relativo à potencial trolha gigante do processo de correção da poupança
Todos com desfecho (ou desdobramentos relevantes) para o curto prazo. E aí, a quantas o Ibovespa fecha o ano?

De quanto é a trolha dos bancos?


Nas contas da Fazenda, de R$ 150 bilhões. Na de consultorias privadas, pode chegar a R$ 600 bi. Na do Felipe, a causa dele (“ganha”) gira em torno de R$ 40 mil. De uma forma ou de outra, em tempos de adequação às regras mais rígidas de Basileia III, seria uma péssima notícia, com as maiores faturas sendo pagas por Banco do Brasil e Itaú. O patrimônio de referência conjunto dos quatro bancos listados é de R$ 396 bilhões. Mas é aquele negócio... Independente da jurisprudência (favorável aos poupadores) e do tamanho da conta, a decisão é também política e, com base nos cenários que projetamos, os desdobramentos do processo abrem a oportunidade de compra de curto prazo sobre duas ações do setor.

Vale encurralada


Mais uma das peculiaridades tupiquins...Com um pedido de vistas, o julgamento do processo da Vale foi adiado no STJ. Deve ser retomado na quarta-feira. Grosso modo, a Vale argumenta que os lucros de suas controladas no exterior não pode sofrer dupla tributação (lá fora e aqui), enquanto a Fazenda defende que as controladas e coligadas no exterior são como filiais da brasileira, que devem estar sujeitas também à tributação brasileira.Até então o placar da votação está 1 a 1, de um total de quatro votos. Portanto, tudo na mesma para a Vale: 50/50 de chances para cada lado e o bode continua na sala.O problema é que o adiamento do processo coloca a Vale em uma situação no mínimo curiosa. Como ela tem até a próxima sexta-feira para aderir (ou não) ao Refis, tem que escolher entre:

  1. Manter a ação judicial, com 50% de chances de ganhar (eliminar a cobrança)
  2. Parcelar o eventual débito

Das duas uma.

Façam suas apostas


O que os outros dois ministros vão votar? A mineradora escolher 1 ou 2? Bom, você pode chutar (no escuro) uma resposta para essas questões, pode não fazer nada, ou pode aproveitar a oportunidade para apostar em uma assimetria vantajosa. Tudo na mesma, o mercado está cansado de saber do risco relacionado ao processo da Vale. O risco de perda do processo está em parte no preço da ação. Considerando que a sinalização até aqui é de 50/50, diria que a chance de perda está até demais no preço, considerando VALE5 negociando em linha com o patrimônio, a 5x ev/ebitda. Quanto ao impasse entre 1 e 2, qualquer flexibilização neste sentido não pode ser descartada e traria uma novidade positiva para a companhia em curto prazo. Bom, se houver novidade aqui eu suspeito para que lado vai ser. E você, vai chutar no escuro, apostar na assimetria, ou não vai fazer nada?

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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