Ibovespa tem variação modesta com suporte de Petrobras, mas queda de Vale e tombo de Braskem
- A realização de lucros atingiu os futuros do S&P 500 enquanto traders aguardam novos catalisadores e a temporada de balanços.
- A compra nas correções continua sendo a estratégia preferida, apoiada por uma forte tendência de alta e pelo otimismo em torno da inteligência artificial.
- Os níveis de suporte em 6.686 e 6.611 são monitorados para avaliar a força do momentum e o risco de queda.
Os futuros do S&P 500 recuaram nesta quinta-feira, acompanhando a fraqueza dos índices europeus no início da sessão. Sem novos catalisadores para orientar o movimento, investidores optaram por realizar lucros, repetindo o padrão observado desde que o índice de referência marcou uma nova máxima histórica na terça-feira e, em seguida, recuou.
Ainda assim, é cedo para decretar o fim de uma tendência de alta consistente. Compradores em quedas continuam a atuar em correções de mercado, e esse comportamento pode se repetir novamente.
Ausência de novos gatilhos leva à realização de lucros
As bolsas americanas perderam força nos últimos dias, em meio à falta de catalisadores que estimulou realização de lucros antes da temporada de balanços. Powell voltou a lembrar que não existem “caminhos livres de risco” para os juros, apesar de o FOMC sinalizar mais dois cortes ainda neste ano.
O apetite por risco, porém, segue elevado no setor de tecnologia, especialmente entre fabricantes de chips, relegando as preocupações com avaliações esticadas a segundo plano. Com a tendência subjacente ainda positiva, a compra nas correções segue sendo a estratégia predominante. A dúvida é se a temporada de resultados justificará as altas atuais das ações.
Entre os indicadores de destaque desta quinta-feira, estão os pedidos iniciais de seguro-desemprego e as vendas de casas usadas.
A temporada de balanços justificará as avaliações do mercado?
Até agora, investidores têm aproveitado cada correção para reforçar posições, apoiados pelo otimismo em torno da inteligência artificial e pela recorrente superação das estimativas de lucro das gigantes de tecnologia, fatores que sustentam as elevadas avaliações. Fora do setor tech, contudo, crescem os sinais de fragilidade.
Um levantamento da Bloomberg ilustra essa divergência: o índice de empresas do S&P 500 excluindo tecnologia subiu 13% em 12 meses, enquanto os lucros cresceram apenas 6,4%. O caso mais preocupante foi o setor de materiais, que inclui mineradoras, químicas e afins, com alta de 9% no ano apesar de uma queda de 13% nos lucros.
A preocupação é clara: caso o setor de tecnologia desacelere ou enfrente maior pressão vendedora, o mercado mais amplo pode ter dificuldade em sustentar o rali atual. O verdadeiro teste, portanto, virá com a temporada de resultados que, de forma não oficial, começa em outubro.
Análise técnica do S&P 500 e níveis a observar
O S&P 500 e o mercado acionário americano em geral aliviaram parte da condição de sobrecompra extrema. Esse ajuste é saudável, já que investidores realizam lucros antes da temporada de balanços e diante de preocupações com avaliação. O ponto central é que o índice continua formando topos e fundos ascendentes.
Nesse contexto, a estratégia de comprar nas correções ainda faz sentido, mesmo que o rali pareça estendido. O IFR recentemente ultrapassou o nível de 70 no gráfico diário, antes de recuar nos últimos pregões. Já nos gráficos semanal e mensal, o indicador permanece acima dessa marca.
Embora leituras elevadas de IFR levantem cautela, também refletem a força do momentum, o que dificulta justificar posições vendidas neste estágio. O interesse em operações de venda tende a aumentar apenas se níveis-chave de suporte forem rompidos; até lá, o viés segue altista.
Entre os pontos relevantes, o nível de 6.686 é o pivô de curto prazo e corresponde à máxima pós-FOMC. Abaixo, o patamar de 6.611 deve ser acompanhado de perto, pois coincide com a linha de tendência ascendente e a média móvel exponencial de 21 dias, configurando suporte crucial.
Uma quebra desse nível pode acionar ordens de stop e levar a uma correção mais forte em direção a 6.500 e depois 6.460. Caso contrário, o espaço segue aberto para novas máximas acima de 6.756. A partir daí, a projeção de 161,8% de Fibonacci da última queda relevante a partir da máxima de fevereiro aponta para 6.991, com resistências adicionais possivelmente surgindo em níveis psicológicos como 6.800 e 6.900.
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