As negociações envolvendo tanto o café arábica quanto o robusta no Brasil seguem lentas. Produtores estão atentos à colheita e poucos lotes de cafés têm sido disponibilizados no mercado interno. Nessa quarta-feira, 1º, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 458,16/sc, alta de 1,2% em relação à quarta-feira anterior, 25.O Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 389,45/saca de 60 kg na quarta-feira, elevação de 0,45% em relação à quarta anterior.
Segundo dados divulgados pela Conab, o Brasil deve produzir 49,67 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado (arábica e robusta) na temporada 2016/17, alta de 15% em relação à safra anterior (2015/16), segundo a Conab. Desse total, 40,27 milhões de sacas seriam de arábica (expressivo crescimento de 25,6% em relação à temporada passada) e 9,4 milhões de sacas, de robusta (queda 16%).
Agentes consultados pelo Cepea acreditam que a produção de arábica deve superar a estimativa da Conab, fundamentados nos excelentes rendimentos registrados nas lavouras de arábica, sobretudo no Sul e Cerrado Mineiros. Já produtores de robusta acreditam em safra ainda inferior.
SUÍNOS/CEPEA: Valorização do vivo atinge 32% em SP
Os preços do suíno vivo e da carne registraram expressiva reação em maio em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. No acumulado do mês (entre 29 de abril e 31 de maio), o animal vivo se valorizou quase 32% no estado de São Paulo, o maior crescimento mensal desde julho/12 para esta praça.
Segundo pesquisadores do Cepea, a expressiva alta no preço do animal vivo foi motivada pela baixa oferta de carne no atacado.O aquecimento da demanda interna, impulsionada já no início do mês pelo frio e pelo dia das Mães, e a manutenção dos bons volumes de exportação enxugaram os estoques de frigoríficos, que elevaram as compras de animais.
O volume de suíno para abate, por sua vez, está menor, devido tanto à baixa disponibilidade quanto à pressão exercida por produtores. Por outro lado, os valores dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, ainda seguem em alta, atingindo patamares recordes, em termos nominais.
BOI/CEPEA: Frigorífico compra novos lotes com cautela; preço oscila pouco
O mercado brasileiro de boi gordo segue em ritmo lento, com compradores cautelosos na aquisição de novos lotes de animais, devido às dificuldades de venda da carne no atacado. No estado de São Paulo, entre 25 de maio e 1º de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo registrou ligeiras oscilações, mas subiu 0,7%, fechando a R$ 156,43 nessa quarta-feira, 1º.
O crescente desenvolvimento econômico nos últimos anos em países asiáticos pode favorecer o mercado brasileiro de pecuária bovina, na medida em que eleva a demanda pela carne nacional. O Brasil já vem exportando bons volumes a esses países e incrementos ainda maiores nos embarques podem ocorrer por meio de aumento na produtividade no campo.
Resultados da rede internacional de pesquisas, Agri Benchmark, mostram que o principal desafio da pecuária brasileira é o aumento na produtividade. Segundo dados da Agri Benchmark, o Brasil registra um dos piores desempenhos no que se refere à produtividade e, ainda assim, produz carne mais barata que outros concorrentes, como Estados Unidos e Austrália. Um manejo mais adequado no campo pode resultar em fortes incrementos na produtividade.