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O domínio do setor de tecnologia sobre o mercado acionário já não é novidade, mas continua forte na abertura do quarto trimestre. Um conjunto de ETFs mostra que as maiores empresas de tecnologia ainda lideram o desempenho do mercado, com base nas negociações até o fechamento da segunda-feira (6 de outubro).
O Technology Select Sector SPDR® Fund (NYSE:XLK) encerrou o pregão em nova máxima histórica, acumulando alta de 24,3% no ano, bem acima da valorização de 15,6% registrada pelo SPDR S&P 500 ETF (NYSE:SPY).
A disputa pelo segundo lugar em 2025 ocorre entre dois setores de perfis opostos: serviços de comunicação (XLC) e utilidades públicas (XLU). O XLC leva pequena vantagem no acumulado do ano, com +21,4%, enquanto o XLU aparece logo atrás, com +21,1%, após um recente movimento de recuperação.
O setor mais fraco até agora é o de bens de consumo básicos (XLP), praticamente estável no ano, com ganho de apenas 0,4%.
Inteligência artificial segue como motor da alta das big techs
As oportunidades de negócio ligadas à inteligência artificial continuam no centro da valorização do setor em 2025. O exemplo mais recente que empolgou os investidores foi o anúncio de que a Deloitte fornecerá a seus 470 mil funcionários no mundo o assistente de IA Claude, da Anthropic, como ferramenta de apoio no trabalho.
Os resultados corporativos também sustentam o otimismo. Segundo a FactSet:
“No nível setorial, o setor de tecnologia da informação tem o maior número de empresas emitindo projeções positivas de lucro por ação (EPS) entre os 11 setores — 36 companhias. Esse número está muito acima da média de 21,4 dos últimos cinco anos e da média de 19,5 dos últimos dez.”
Utilidades públicas ganham tração com demanda por energia e expectativa de corte de juros
O interesse crescente pelo setor de utilities também está ligado à inteligência artificial — especialmente pelo salto na demanda por energia elétrica causado pela expansão de data centers para sustentar o uso crescente de ferramentas de IA.
O portal financeiro 24/7 Wall Street observa:
“Tanto grandes quanto regionais companhias de energia elétrica (como Constellation (NASDAQ:CEG), Duke (NYSE:DUK), Southern (NYSE:SO), DTE (NYSE:DTE) e Black Hills (NYSE:BKH)), além de distribuidoras de gás natural e operadoras de gasodutos, devem registrar crescimento de longo prazo à medida que a IA impulsiona uma expansão maciça da infraestrutura.”
Outro fator de impulso para o setor é a expectativa de novos cortes de juros pelo Federal Reserve. Tradicionalmente valorizadas por seus dividendos elevados, as ações de utilities tendem a se beneficiar em ambientes de juros mais baixos, que aumentam sua atratividade.
Os contratos futuros de Fed funds apontam alta probabilidade de que o banco central reduza novamente sua taxa básica na próxima reunião do FOMC, marcada para 29 de outubro.
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