Abstinência
Bolsas internacionais estendem o tombo de ontem, mas nós estamos segurando firme por aqui.
Algum sentimento de que não somos reféns absolutos das commodities.
Aiás, se quisermos ter uma economia e um mercado pujantes no Brasil, devemos evitar o vício das commodities.
Nunca seremos capazes de largá-las por completo.
Mas podemos reduzi-las proporcionalmente no mix, usando apenas aos finais de semana.
Prêmio de risco
Para entender melhor o impacto das commodities, nada melhor do que um estudo aprofundado.
Todos os assinantes da Empiricus que acessarem sua Biblioteca de Relatórios a partir desta quarta-feira encontrarão um conteúdo especial gratuito sobre o Equity Risk Premium (ERP) do mercado brasileiro.
Aqueles que ainda não assinam podem também acessar desde que efetivem suas assinaturas ainda hoje.
ERP é o prêmio que compensa aqueles bravos investidores de renda variável, dispostos a assumir um risco maior que o da renda fixa.
O estudo em questão é fruto da parceria entre a Empiricus e a Consultoria Júnior de Economia da FGV - e já adianto que haverá outros do tipo.
O terceiro rali
Já vimos boa parte do rali do impeachment.
Estamos agora ansiosos para experimentar o rali do pós-impeachment.
Haveria, ainda, um terceiro rali latente?
A leitora Carla D. pergunta se as prisões de Lula e de Dilma poderiam provocar um reapreçamento em nossos ativos de risco.
No caso de Dilma, não faz tanta diferença assim, pois a ex-presidente tende a sumir do mapa de assuntos relevantes.
No caso de Lula, uma prisão realmente poderia animar o mercado.
Mercados por vezes aceitam novos erros, mas não toleram erros repetidos.
No, no, no
Não é fácil montar um novo governo; Temer está fazendo e aprendendo.
Alguns pedem certas coisas, outros pedem erradas coisas.
Precisa saber dizer não.
Dizer não, para um presidente, é 10x mais importante do que dizer sim.
Manter Tombini? Não.
Mais de 20 ministérios? Não.
Parecer-se minimamente com Dilma? Definitivamente, não.
Yes, we can
Temer deve propor controle de até 100% das cias aéreas brasileiras por capital estrangeiro.
Objetivo “oficial” é atrair investimentos para acelerar o crescimento.
Objetivo prático é resolver problemas graves de endividamento no setor aéreo (vide Gol renegociando dívidas).
Ideias desse tipo são muito bem-vindas.
Autonomia formal do Banco Central? Também muito bem-vinda.
Novo presidente para a Petrobras? Sim, por favor.