Time out
Blue rondo à la turk
O ministro da Fazenda pede as contas se o Executivo/Legislativo preferir zerar a meta fiscal de 2016.
Levy é um economista brilhante, mas assumiu uma missão impossível.
Pior que isso, ele foi usado por Dilma.
Se, por probabilidade ínfima, tivesse sucesso, seria eventualmente descartado.
Em caso de insucesso, se demite.
Não são possibilidades muito animadoras.
Strange meadow lark
Meu lado irracional ficaria triste com a saída de Levy.
Apesar de tudo, gosto dele, e admiro sua honra e persistência.
Ao mesmo tempo, fico pensando nas coisas que não aconteceram.
Já imaginou se ele tivesse, por mágica, feito o ajuste fiscal?
E se tivesse recuperado o crescimento?
Cumprido seu papel, seria então descartado.
Voltariam ao comando os Mantegas, os Barbosas, os Coutinhos.
Veríamos perpetuado um modelo econômico que escreve errado por linhas tortas.
E que, portanto, não pode ser salvo.
Take five
Valia mesmo uma nova chance ao ministro.
O que agora se tornou improvável.
Vê-lo construindo a ponte para o futuro sob a chancela de Temer...
Vai saber.
Caso isso aconteça, será com outra meta.
O mandato atual de Levy - preservar o investment grade - já está arruinado.
Não há mais chance de mantermos o grau de investimento por duas agências.
Temos que começar a pensar em como recuperá-lo o mais rápido possível.
Three to get ready
É uma piada que estejamos à beira de um impeachment probabilístico com o Ibovespa a 45 mil pontos e com o pré a 16%.
É o tipo de piada da qual você ri antes de chegar ao fim.
E depois ri mais um pouco.
Nos vemos diante da maior opcionalidade em pelo menos uma década.
Chance rara de multiplicar seu patrimônio.
Acho engraçado quando dizem: "pra investir em tempos de impeachment, tem que ter estômago”.
Uai, tenhamos estômago então. Qual o problema?
Como investidores, podemos sobreviver sem cérebro, mas nunca sem estômago.