- Investidores aguardam o balanço da Tesla nesta terça focados em entregas fracas, possível adiamento do novo modelo e riscos às margens com concorrência chinesa.
- Expectativa de lucro por ação é de US$ 0,41 e receita de US$ 21,34 bi, com opções sinalizando viés de baixa em caso de guidance fraco.
- Graficamente, o papel precisa manter o suporte de US$ 225/220 para evitar queda até US$ 130/120 nos próximos meses.
Os investidores da Tesla (BVMF:TSLA34) (NASDAQ:TSLA) aguardam o balanço do primeiro trimestre com foco renovado em sinais de desaceleração do crescimento, avanços na direção autônoma e possíveis pressões sobre margens. A expectativa também gira em torno de atualizações sobre o projeto de robotáxis, os impactos das tarifas comerciais e o envolvimento contínuo de Elon Musk com o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado pela Casa Branca.
Segundo a Reuters, a empresa pretende adiar o lançamento de seu modelo de menor custo, inicialmente previsto para meados de 2025, por alguns meses. Essa notícia chega após a Tesla reportar uma queda de 13% nas entregas de veículos no trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Apesar dos desafios, a companhia ainda é vista como um vetor de disrupção na indústria automotiva e no setor de geração de energia, graças às suas tecnologias em veículos elétricos (VEs), direção autônoma (VAs), baterias e sistemas solares. Um ponto de atenção crescente é o robô humanoide Optimus. De acordo com analistas, caso a Tesla consiga substituir 1% da força de trabalho dos EUA por meio dessa tecnologia, o valor presente líquido por ação poderia subir cerca de US$ 100.
Fonte: InvestingPro
O segmento de robotáxis é visto como uma das apostas mais transformadoras da empresa, ao abrir novas fontes de receita e melhorar significativamente a eficiência econômica da frota, por meio de custos operacionais reduzidos e maior taxa de utilização.
A intensificação da concorrência, especialmente vinda de montadoras chinesas, representa risco real para as margens da Tesla. Isso pode obrigar a companhia a cortar preços ou oferecer incentivos adicionais para preservar sua fatia de mercado.
O resultado do 1T25 será divulgado após o fechamento dos mercados nesta terça-feira, 22 de abril.
Fonte: InvestingPro
Expectativas financeiras e análises técnicas
O consenso de mercado aponta para um lucro por ação (LPA) de US$ 0,41 e receita de US$ 21,34 bilhões. No campo das opções, a relação Put/Call varia entre 1,6756 e 0,6287 para os próximos vencimentos, o que indica maior posicionamento em opções de venda. Um resultado fraco, acompanhado de guidance conservador, pode levar a uma liquidação mais abrupta. Por outro lado, uma orientação positiva tende a sustentar uma recuperação gradual.
O mercado de opções também revela exposição negativa líquida de Gamma na faixa dos US$ 200 e exposição positiva na faixa dos US$ 400, em vencimentos entre abril de 2025 e janeiro de 2027 — o que indica potenciais zonas de pressão técnica.
Sob a ótica gráfica, TSLA devolveu todos os ganhos acumulados após a eleição presidencial de 2024. O papel saltou de US$ 244 (em 4 de novembro) para US$ 488 (em 18 de dezembro), encerrando o pregão de 21 de abril a US$ 227,50.
Desde 2022, as ações têm oscilado dentro de um grande retângulo técnico, com resistência robusta entre US$ 430/450, suporte intermediário em US$ 225/220 e suporte de base na região de US$ 130/120. Caso o papel se sustente acima da faixa de US$ 225/220 após o balanço e encerre a semana nesse patamar, há espaço para retomar o caminho até os US$ 430/450. A falha em manter esse nível pode abrir caminho para uma correção até US$ 130/120 nos próximos meses.
Historicamente, TSLA fecha abril em alta de 4,7% em 53% dos anos desde 2010.
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