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Olhando para o preço das ações da Tesla, não parece que a empresa terá um trabalho difícil pela frente, quando divulgar seu balanço do quarto trimestre nesta quarta-feira. Os investidores, que fizeram seus papéis dispararem nos últimos três meses, já estão convencidos de que a problemática fabricante de carros elétricos virou o jogo.
Depois de registrar um surpreendente lucro no terceiro trimestre, em outubro, as ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) não pararam de subir e se valorizaram 125% desde então, fechando o pregão de ontem em alta, pelo terceiro dia consecutivo, a US$ 572,20.
Por trás desse intenso rali estão os fortes números de vendas de carros no último trimestre, bem como o anúncio do CEO Elon Musk de que o processo de lançamento do seu próximo produto, o crossover Model Y, está bastante adiantado e que a instalação da sua enorme fábrica em Xangai, apelidada de “gigafactory”, será feita em tempo recorde.
A companhia anunciou, no início deste mês, que entregou o número recorde de 112.000 veículos no quarto trimestre e iniciou as operações em uma nova fábrica perto de Xangai, onde produz 1.000 sedãs Model 3 por semana.
O impacto desses acontecimentos foi tão forte que a Tesla, pela primeira vez, vale mais de US$ 100 bilhões, ultrapassando a Volkswagen, que vendou quase 30 vezes mais veículos que a fabricante norte-americana no ano passado. Para o quarto trimestre, a maioria os analistas espera mais um período lucrativo, com as vendas saltando para US$ 6,95 bilhões.
Essa virada de jogo ocorreu depois de um ano bastante conturbado para a Tesla, o que fragilizou a confiança dos investidores no fundador e CEO da empresa, Elon Musk, que pegou os acionistas de surpresa ao dizer, e depois voltar atrás, que fecharia o capital da empresa.
Esses tropeços, além de várias promessas quebradas, forçaram muitos analistas de prestígio a rebaixar a ação da Tesla e até mesmo a questionar a seriedade da missão de Musk de revolucionar a indústria automotiva tradicional.
China é um fator decisivo para a Tesla
Para os investidores da Tesla, esse ambicioso objetivo parece agora estar ao alcance da empresa após os recentes avanços. A conclusão da fábrica em Xangai e o sucesso da companhia em superar seu ambicioso plano de vender 360.000 veículos no ano são um sinal veemente de que a Tesla pode rapidamente se tornar um player de destaque na indústria se continuar atingindo suas metas.
Apesar desse otimismo, ainda não está claro se a China vai se tornar rapidamente um empreendimento lucrativo para a Tesla. As vendas de carros elétricos se enfraqueceram nos últimos trimestres no país, à medida que o governo começou a retirar os subsídios aos veículos movidos por energias alternativas.
A desaceleração do mercado automotivo chinês, a eliminação dos créditos tributários nos EUA para os clientes da Tesla e o risco de Musk deixar de cumprir novamente suas promessas são alguns dos obstáculos que podem enfraquecer o rali nos papéis da empresa em 2020. Vale a pena lembrar que a companhia também encerrou com tudo o ano de 2018, mas gerou enormes perdas aos seus acionistas no primeiro semestre de 2019.
A fim de consolidar sua posição, a Tesla deverá mostrar, nos próximos trimestres, que consegue fazer com que todos esses ganhos se traduzam em um fluxo de caixa livre consistente e em redução de dívidas. Mas o problema é que os papéis da companhia reagem de forma muito violenta a notícias negativas, atraindo a ação de especuladores.
Apesar dos ganhos explosivos da ação neste ano, Wall Street ainda está dividida quanto às perspectivas para a Tesla. Enquanto oito analistas elevaram seus preços-alvo em mais de US$ 100 desde o início do ano, de acordo com dados da Bloomberg, o consenso ainda está bem abaixo de onde os papéis da Tesla estão sendo negociados. O alvo médio é de US$ 363,92, com apenas 10 analistas classificando a ação como compra, em comparação com 10 neutros e 16 vendas.
Resumo
Não há dúvidas de que a Tesla voltou com tudo depois de elevar sua produção e construir uma fábrica na China, o que pode virar o jogo para a companhia em termos de lucratividade no longo prazo.
Mas a inovadora fabricante de automóveis precisa ser rápida em mostrar que todas essas conquistas estão ajudando a empresa a atingir uma lucratividade sustentável e que esse bom momento chegou para ficar, ao contrário dos vários ciclos passados de ascensão e queda. Os resultados da próxima semana podem muito bem representar o sucesso ou o fracasso do rali na Tesla.
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