Em um dos maiores movimentos de renovação política que já ocorreram no Brasil, Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito 38º presidente do País. Com 57,7 milhões de votos, o capitão reformado superou o petista Fernando Haddad, que obteve pouco mais de 47 milhões de votos. Após a confirmação das urnas, Bolsonaro fez um discurso em que se compromete com a Constituição, com a liberdade e com as reformas, principalmente com a redução da participação do Estado na economia e com o ajuste fiscal.
Alguns motivadores podem ser citados para a eleição de Bolsonaro. O antipetismo, o desejo de grande parte da sociedade pelo fim do establishment, ou seja, a rejeição à política tradicional, e a importância dada ao tema de segurança pública são os fatores mais contundentes. O ex-militar, apesar de seus 27 anos de legislatura, se “encarnou” como outsider - termo usado para definir indivíduos que não pertencem a determinado grupo que, neste caso, se refere à “velha política” - nesta campanha presidencial e atraiu um eleitorado que desejava o “novo”.
A vitória do candidato do PSL encerra um período “nebuloso” do ponto de vista político, iniciado pelas manifestações em 2013, ampliado pelos desgastes do impeachment da Dilma Rousseff, dos altos níveis de impopularidade e de denúncias da gestão Temer e pela sangrenta campanha presidencial, “sangrenta” com toda a força da expressão, que culminou no atentado a faca sofrido pelo agora Presidente da República quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG).
Mas, por outro lado, inicia um novo governo com pauta mais liberal e reformista, deixando de lado o modelo desenvolvimentista - com maior participação do Estado na economia - utilizado em outrora. Não somente, o próximo chefe do Executivo terá que fazer esforços importantes para reunir uma base forte no Congresso Nacional para que consiga avançar em projetos importantes, principalmente de cunho fiscal, com destaque para a reforma da Previdência.
Outro desafio é mais notável: a unificação da País. Apesar do discurso pós-pronunciamento de Bolsonaro realizado nas redes sociais afirmando os ensejos à pacificação da sociedade brasileira, a tarefa é árdua e exige muito empenho tanto pelo lado derrotado, quanto do lado vitorioso nesta campanha presidencial. Porém, convenhamos, no “jogo político” deste ano, não há vencedores ou perdedores e sim um novo projeto de Nação.
As reformas e projetos de governo de Bolsonaro têm impacto no ritmo de atividade econômica e na bolsa de valores brasileira. Para saber mais como o mercado financeiro vem reagindo a estas medidas, acompanhe o site da Toro Investimentos.