Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

2 Motivos Tornam esta Sexta-Feira um Dia Decisivo para o Dólar

Publicado 07.08.2020, 08:01
Atualizado 09.07.2023, 07:31

Hoje é um grande dia para as moedas, as ações e os títulos do tesouro norte-americano. Afinal, estamos no fim do prazo estipulado pelo Congresso dos EUA para decidir sobre um novo pacote de estímulo e também teremos a divulgação dos dados de emprego por lá.

Com base no declínio do dólar, podemos interpretar que os investidores estão preocupados com a desaceleração do crescimento de empregos e com a perda do prazo para um acordo parlamentar. De acordo com a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, existe uma luz no fim do túnel, mesmo assim democratas e republicanos não conseguem chegar a um acordo em relação aos números dos pagamentos, portanto, as chances de que não tenhamos um acordo nesta sexta são de 85%. Nas palavras de Mark Meadows, chefe de gabinete da Casa Branca, se nada acontecer hoje, seu otimismo “despencará pelo penhasco exponencialmente".

 Para complicar o cenário, o presidente Donald Trump, frustrado com a falta de avanço no parlamento, afirmou que deve assinar decretos executivos na sexta e no sábado para estender os benefícios de seguro-desemprego, impor uma isenção temporária no imposto sobre folha de pagamento, fornecer proteção contra desapropriações e aliviar o repagamento de empréstimos estudantis.

Não está claro se Trump realmente tem poderes para tanto, pois quem decide sobre a legislação tributária nos EUA é o Congresso, e não o presidente. Entretanto, pode ser que esteja em seu escopo de atuação postergar impostos e estender prazos, mas não suspendê-los, para que os empregadores continuem coletando os impostos. Ele também pode readequar os fundos inutilizados que foram alocados para a lei CARES, a fim de estender os benefícios de seguro-desemprego. E, como disse Pelosi, pode ser que Trump realmente possa ampliar a moratória contra desapropriações por ato próprio. Mesmo assim, todas essas questões preocupam os investidores e servem de motivo a venda de dólares.

 Os dados de emprego também são um risco, razão pela qual o dólar se desvalorizou contra as principais moedas ontem. A expectativa dos economistas é que haja um crescimento de 1,48 milhão de empregos não agrícolas em julho, o que representa uma fração do aumento visto em junho, mas a preocupação maior é as empresas terem adicionado muito menos trabalhadores às suas folhas de pagamento no mês passado. Não só alguns dos mais populosos estados americanos endureceram as restrições de circulação em julho, devido ao aumento recorde de casos de vírus, como também outras medidas econômicas reforçam o temor de que houve uma desaceleração do mercado de trabalho.

 O componente de emprego de serviços ISM teve uma contração em ritmo mais acelerado, a Challenger registrou um aumento de 576% nas demissões, a ADP relatou que as empresas americanas adicionaram apenas 167.000 empregos e a confiança do consumidor caiu de forma generalizada. Houve melhora nos pedidos de seguro-desemprego, mas sabemos que a redução de solicitações de auxílio não se traduz necessariamente em contratações. Se esses indicadores estiverem corretos e o crescimento de empregos ficar aquém das expectativas, o dólar pode afundar, principalmente se houver uma piora na taxa de desemprego ou na média de ganhos por hora. Além disso, dependendo do que acontecer com a lei de estímulo e os decretos executivos de Trump, esta sexta pode ser um dia bastante terrível para o dólar.

Argumentos a favor de um relatório de empregos mais fraco:

  1. Componente de emprego de serviços ISM cai de 43,1 para 42,1;
  2. Challenger registra um aumento de 305,5% para 576,1% nas demissões;
  3. ADP registra aumento de emprego de 167K contra 4,3 milhões no mês anterior;
  4. Índice de confiança do consumidor cai de 98,3 para 92,6;
  5. Universidade de Michigan também registra queda na confiança.

Argumentos a favor de um relatório de empregos mais forte:

  1. Média móvel de 4 semanas de pedidos de seguro-desemprego cai de 1,435 e vai para 1,337 milhões;
  2. Pedidos contínuos de seguro-desemprego caem para 16,1 milhões contra 17,7 milhões;
  3. Componente de emprego industrial ISM contrai em ritmo menos acelerado, de 42,1 para 44,3.

Dito isso, também existem alguns cenários que podem impulsionar a moeda americana. Por exemplo, se os dados de emprego superarem as baixas expectativas, a média salarial por hora melhorar, o congresso chegar a um acordo ou o mercado ficar satisfeito com os decretos executivos de Trump.

Além dos dados de emprego nos EUA, os número do mercado de trabalho também serão divulgados no Canadá e, assim como em seu país vizinho, a expectativa é que haja uma desaceleração. Os investidores devem ficar de olho nas moedas asiáticas com a divulgação dos serviços de PMI da Austrália, a declaração de política monetária do seu banco central e os números de comércio na China.

Últimos comentários

"Mesmo assim, todas essas questões preocupam os investidores e servem de motivo a venda de dólares.".... kkkk pelo contrário, a venda de dólares (DXY) é o mercado precificando que haveria algum acordo num número mediano entre o que os Republicanos queriam e o que os Democratas queria (entre 1 tri e 3 tri = 2 tri) o que nem isso saiu. Tanto que o DXY subiu forte na sexta. Então, a tese dessa liberal aí é que estão vendendo dólares contra o Euro e contra o Yen (não contra o Real, bom lembrar, pq o real é moeda de segunda divisão) não por causa do risco Trump, mas por causa do risco fiscal de gastos surreais na proposta de Peloski + precificação da vitoria do Biden. Na verdade o mercado está precificando que nem o americano comum nem o Trump em sua popularidade vão ter q estômago pra enfrentar deflação de frente e que vão preferir usar gastos sociais monumentais do Estado para tentar debelar a deflação. Isso é o que a China quer, o que o Biden quer, o que a mídia quer,o q wall street quer
a venda de dólares não está associada a descrença da retomada da economia, pq com os efeitos pós Corona, a crise economica pro médio prazo em todas as economias do mundo é qse uma certeza.. agora não é uma questão de qual economia vai crescer mais, é uma questão de qual moeda vai ter uma gestão fiscal mais ortodoxa ou não. Como a pandemia não explodiu na Europa como nos EUA, a aposta do mercado é que os EUA vão gastar mais que a zona do Euro, dai a desvalorização do Dolar frente ao Euro. No momento que ficar indicado duas coisas: 1. que a chance de vitória de Trump é relevante, 2. Que Trump vai fechar a torneirinha de gastos (pq ele controla o senado via Mitch Mcconnell)... o DXY é pra cima... e não tem nada que o Fed possa fazer pq já chegou na linha do zero ground da FF rates.
Muito bem pontuado, como sempre!!!
Ela sobra atrasada! Isso ja aconteveu a pelo menos 10hs atras !E os numeros do emprego por la superou as expectativas
Muito bom!!! Análise com fundamentos!!!!
Isso sim é uma análise...parabéns!!!
Excelente trabalho de informação sobre economia e política. Obrigado!
Como sempre Muito esclarecedor seus comentarios !!! Bela analise facil entedimento...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.