Mais um “cavalo-de-pau” foi dado nos juros brasileiros e infelizmente, de uma gestão do Banco Central bastante considerada pelo mercado financeiro.
Ilan vem das fileiras das instituições financeiras, daí a grande surpresa pela decisão de ontem.
O maior problema, obviamente, não é a manutenção em si.
Existe um cenário macroeconômico em aberto tanto para uma manutenção preventiva dos juros, quanto para a continuidade de ao menos mais um corte e neste sentido, esta foi a exata sinalização (literal) da autoridade monetária até o período de silêncio imposto às vésperas da reunião do COPOM.
Ilan citou na imprensa que a questão dos juros não tinha nada a ver com a intervenção no câmbio, portanto, o movimento recente de alta não influenciaria o corte previsto, mas influenciou.
A recente volatilidade dos ativos de mercado financeiro, devido à uma conjunção de eventos que vão desde o preço internacional do petróleo, até Kim Jon Un, levam a uma forte desvalorização cambial de emergentes, em especial o Brasil.
Neste sentido, é de se esperar algum impacto inflacionário no Brasil num futuro próximo e o contexto de prevenção quanto aos juros é compreensível.
Só dava tempo de avisar para o mercado se prevenir, pois tais movimentos influenciam e muito nas posições em juros futuros e operações de mercado.
A comunicação do BC, tão bem considerada pelo mercado, sofreu um “Cavalo-de-pau”. A inconsistência venceu.
CENÁRIO POLÍTICO
Entre as dúvidas sobre a viabilidade de diversas campanhas do centro, uma parece que se desenha para não avançar.
Maia não é unanimidade no DEM e não consegue angariar simpatia para avançar sua candidatura.
Dada a importância do partido ao centro, muitos já citam a possibilidade de Maia se recandidatar a deputado federal e se manter à frente da câmara em 2019.
O centro agradece.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY caem, com a alta dos Treasuries pesando.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com exceção do Nikkei.
O dólar opera estável contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é observada no cobre, prata e platina.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, onde chegou a operar acima de US$ 80 o barril.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 1,1%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6747 / 0,53 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,220%
Dólar / Yen : ¥ 110,63 / 0,208%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,059%
Dólar Fut. (1 m) : 3690,11 / 0,83 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,32 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,34 % aa (-0,14%)
DI - Janeiro 21: 8,46 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 25: 10,11 % aa (-0,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,65% / 86.537 pontos
Dow Jones: 0,25% / 24.769 pontos
Nasdaq: 0,63% / 7.398 pontos
Nikkei: 0,53% / 22.838 pontos
Hang Seng: -0,54% / 30.942 pontos
ASX 200: -0,21% / 6.094 pontos
ABERTURA
DAX: 0,203% / 13022,68 pontos
CAC 40: 0,334% / 5586,16 pontos
FTSE: 0,110% / 7742,72 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86873,00 pontos
S&P Fut.: -0,110% / 2719,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,382% / 6910,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,28% / 90,43 ptos
Petróleo WTI: 0,71% / $72,00
Petróleo Brent:0,61% / $79,76
Ouro: -0,38% / $1.285,85
Minério de Ferro: -0,41% / $67,30
Soja: -0,82% / $18,25
Milho: 0,56% / $401,50
Café: 0,31% / $113,25
Açúcar: 0,34% / $11,65