Os contratos futuros do café arábica mantiveram movimento lateral nos últimos dias, embasado em indicadores técnicos. As chuvas nas regiões produtoras tiveram pouca influência no mercado, pois já foram precificadas.
O dólar comercial foi cotado, ontem, a R$ 3,777, com queda de 2,22% em relação à sexta-feira anterior. A formação do câmbio segue influenciada pelas incertezas políticas e econômicas do Brasil e especulações sobre a probabilidade de elevação dos juros dos Estados Unidos a partir do próximo mês.
Em relação às condições climáticas no cinturão produtor nacional, há previsão de chuvas até domingo nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Segundo a Somar Meteorologia, a partir da segunda quinzena de novembro as precipitações perderão força. No Espírito Santo, há tendência de baixos volumes acumulados nos próximos dez dias, o que reforça as preocupações com o desenvolvimento da safra 2016 de conilon.
Na ICE Futures US, o vencimento dezembro do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 120,90 por libra-peso, acumulando perdas mínimas de 5 pontos ante o fechamento da sexta-feira antecedente. Já na ICE Futures Europe, o contrato futuro do café robusta apresentou valorização. O vencimento janeiro/2016 encerrou o pregão a US$ 1.669 por tonelada, com alta de US$ 26 em relação ao final da semana anterior.
No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 474,14/saca e a R$ 375,13/saca, respectivamente, com altas de 0,46% e 0,33% em relação ao fechamento da semana passada. Com esse desempenho de quinta-feira, o preço do robusta bateu novo recorde nominal.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo