É Campeão? Não é Mais Não! (a Melhor Carteira de Ações Para Você)

Publicado 01.10.2013, 00:40
Imagina para a classe média...

Mercados caindo mundo afora com o impasse sobre o teto da dívida americana. Os caras lá têm até 24hs desta segunda-feira para chegar a um acordo, senão, acredite, o governo americano pode ficar sem dinheiro.

Pagamento de servidores e alguns serviços já estariam em xeque. Obama não é o Vasco da Copa Mercosul de 2000 (tampouco o Vasco o é). Ele vai ter que ceder, mas, aos 48 do segundo tempo, ainda acho que tudo se acerta.

“É campeão! É campeão! Não é mais não! Não é mais não!”

Na dúvida, e sem Romário em campo, as Bolsas americanas registram a segunda queda seguida. Lembrando que este mês o índice S&P 500 atingiu seu recorde histórico.

Agora, a impressão predominante é que exageraram na dose por lá, que o rali teria sido muito rápido. Matéria da Bloomberg destaca que o comportamento de 2013 seria similar somente a 1954.

Será que o cenário econômico justifica tamanho ímpeto de recuperação das Bolsas americanas? Há liquidez, mas para tanto? E por quanto tempo?
É campeão!

O show tem que continuar?


Nessa farra da liquidez, o Ibovespa até então soma 5,6% de apreciação em setembro. Ao menos que ocorra uma tragédia no restante deste pregão, a Bolsa brasileira novamente é séria candidata a melhor investimento. Somos o beta do mundo, o celeiro das commodities, a Bolsa das mineradoras, siderúrgicas e petrolíferas. Temos nossas peculiaridades.

O real é o beta em moeda, a mais exótica dentre as emergentes, e as jaboticabas estão espalhadas por todos os lados. OGX, responsável por quase 5% do Ibovespa, acumula depreciação 20% em setembro. Não fosse ela, a Bolsa já estaria com a faixa.

Opções para se proteger


Entre picos e vales, você percebeu a encruzilhada que está metido? Tira ou mantém estímulos? Aprova ou não aprova o novo teto da dívida? OGX respira ou racha? O cenário pode mudar da água para o vinho em questão de instantes. Temos recomendado ao investidor se proteger disso com o uso de opções. Cuma?? Opções para se proteger? Exato. Conseguimos limitar a possibilidade de perda (a 100%) sem impor um limite para os ganhos.

A ideia é alocar pouco capital nestas opções, moldadas para se alavancar a essa assimetria de retornos potenciais do cenário em questão, tendo nelas o beta (de fato) da sua carteira. Deixe 90% do seu patrimônio se encarregar do sono tranquilo. E quem sabe os 10% não te fazem sonhar com a Gisele.

Muita lenha e pouca gordura

Tirando as centenas de notícias de OGX e a seção diária de análise de ações da Graça Foster, bem da verdade é que temos um marasmo de referências corporativas. Em terra de cego, sobressai o noticiário das aéreas.

Reforçando a turbulência estrutural-macro a que está exposta, GOL revisou as projeções para o seu cenário de referência. De uma banda de R$ 2,08 a R$ 2,18, o dólar passou para o intervalo de R$ 2,10 e R$ 2,20 nas projeções da empresa.

O mesmo ocorreu com o QAV, o combustível de aviação, de R$ 2,30 a R$ 2,40 para R$ 2,38 a R$ 2,48 por litro. Pelo menos, nos seus esforços de controle de custos, a companhia reafirmou a margem operacional (ebit) entre 1% e 3%. Ufa, agora está tranquilo - as ações reagem com alta. PS: lembrando que a margem ebit está bem no meio do Demonstrativo de Resultados. Com o tamanho da dívida da empresa (R$ 2,8 bilhões de dívida líquida), até a última linha tem muita lenha (e pouca margem) para queimar.

(Todo) Dia D


O dia D para OGX em tese seria amanhã, quando venceria a obrigação de US$ 45 milhões. Acontece que a empresa ganhou mais prazo para pagar. Mas o empréstimo é um intercompany. Então, ela perdoou ela mesma, justamente porque não tem dinheiro para pagar. Seja como for, todo dia é dia D para a petroleira.

Alguns dos representantes do turbilhão de notícia desta segunda:

* Eike tentando renegociar acordo com Petronas (oferecendo 100% do Tubarão Martelo)
* Fundos indexados ao Ibovespa começando a sair da ação
* Informação da Veja de que OSX e OGX entram em recuperação judicial em até duas semanas Você já deve percebido que qualquer que seja a solução (ou não) para a empresa, passa necessariamente por algum evento extremo.

Como se expor a isso?

Há duas formas sensatas de exposição a OGX hoje. A mais coxinha, via compra de volatilidade com calls e puts fora do dinheiro, e a forma de alavancar exposição à assimetria pendendo para baixo (ponta vendedora).

Nesse turbilhão diário, publicamos material novo hoje com os desdobramentos desse noticiário mais recente de OGX. Ali consta exatamente quais as opções que julgamos melhores para as duas estratégias em questão. Quem pegar ele na loja hoje leva de graça o material sobre o que fazer em caso de recuperação judicial da empresa. E vice-versa. Compra um, leva os dois.

Agências de rating... Ops, certificadoras de recursos!

Recentemente comentei sobre a credibilidade das consultorias geológicas de certificação de recursos: “Em tese a entidade mais técnica em geologia e com acesso às melhores informações sobre os prospectos a serem explorados dificilmente emite um laudo com probabilidade de sucesso que seja diferente de 15% ou 25%”.

Isso sem entrar no mérito do range de acertos dos casos mais recentes, de OGX e HRT”. Eis que uma das infinitas notícias de OGX dessa segunda aponta que os credores da petroleira estão no aguardo de um novo relatório de certificação de recursos da consultoria DeGolyer & MacNaughton para esta semana.

Considerando a saída óbvia - talvez única - de entregar ativos em troca de abatimento de dívida, seria este um guia das reservas da empresa e sua viabilidade exploratória para todo credor ter em mãos. Minha dúvida é qual a credibilidade que restou para a D&M no caso - se é que restou. Peça de marketing a esta altura do campeonato não classifica nem para a Sulamericana.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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