Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - Em relatório distribuído na terça-feira (14), o BTG Pactual reavaliou as ações da Santos Brasil (SA:STBP3) após apresentação divulgada pela empresa. A recomendação do banco segue sendo de “Compra”, com preço-alvo de R$ 6, acreditando em um melhor ambiente regulatório, melhores dinâmicas competitivas em Santos e uma perspectiva favorável para o setor.
Apesar de admitir a dificuldade de prever o que irá acontecer depois da crise da Covid-19, o banco defende que a Santos Brasil está bem preparada para navegar neste mercado, além de considerar que a desaceleração já está precificada no preço das ações. Às 14h09, as ações da companhia eram negociadas a R$ 5,66, queda de 0,2%.
Entre os aspectos destacados pelo BTG (SA:BPAC11) estão a manutenção do índice NPC, que mede o relacionamento com os clientes e indica alta qualidade de serviço, além de indicadores operacionais sólidos durante o segundo trimestre, apesar dos impactos da pandemia de Covid-19. Além disso, o BTG destaca a queda de 30% no volume de operações da Tecon Santos em maio em relação ao mesmo período do ano passado.
Mar calmo nunca fez bom marinheiro
No ponto de vista de Lucas Marquiori, analista responsável pelo relatório, a Santos Brasil foi capaz de navegar com sucesso por toda a turbulência causada pela crise de Covid-19.
A empresa manteve investimentos estratégicos, como alguns relativos a infraestrutura, inovação e automação para eficiência e produtividade, e adiou investimentos não essenciais, relativos a infraestrutura e compra de equipamentos. Como resultado, a redução de gastos com investimento neste ano deve representar economia de R$ 80 milhões.
Houve ainda a implementação de novas ações que ajudaram a mitigar a queda no volume, principalmente focando em diversificação de negócios e uma maior participação na cadeia de valor dos clientes. Combinadas, essas novas ações devem representar R$ 10 milhões adicionais em vendas, o que corresponde a cerca de 5% da estimativa do BTG para o segundo trimestre.
Além disso, a companhia implementou iniciativas de redução de custo, como renegociação de contratos, corte de despesas administrativas e com pessoal, redução no consumo de combustível e aumento de eficiência operacional, que juntas representam economias de R$ 47 milhões, ou 23% das expectativas de custo do BTG para o segundo trimestre.