KUWEIT (Reuters) - Todos os sinais sugerem que o encontro de países produtores de petróleo agendado para 17 de abril vai resultar em um acordo para congelar a produção, afirmaram uma autoridade do Kuweit na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e duas fontes, apontando que o objetivo do Irã de elevar sua oferta não irá enterrar a proposta de apoio dos preços.
A representante do Kuweit na Opep, Nawal Al-Fuzaia, disse em discurso no Ministério do Petróleo do país que espera que o mercado de petróleo chegue a um equilíbrio entre oferta e demanda no segundo semestre deste ano, levando a preços médios mais elevados.
"Há indicações positivas de que um acordo será atingido durante esse encontro... um acordo inicial de congelamento da produção", disse ela.
Duas outras fontes com conhecimento do assunto disseram que a proposta segue na mesa, mesmo após duros comentários do vice-príncipe herdeiro da Arábia Saudita, que em entrevista à Bloomberg na semana passada reduziu expectativas por um acordo.
"Sim, haverá um acordo", disse uma das fontes, um representante de um país da Opep de fora do Golfo. "O congelamento será feito."
Uma fonte do setor de petróleo no Golfo disse que está confiante de que a reunião, a ser realizada em Doha, capital do Catar, chegará a um pacto.
Uma agenda preliminar do encontro, vista pela Reuters e enviada para países convidados pelo Catar, indica expectativas de uma reunião curta, durando quatro horas, incluindo apenas 30 minutos para um debate sobre a aprovação do acordo.
(Por Ahmed Hagagy; reportagem adicional de Rania El Gamal e Alex Lawler)