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Investing.com - Analistas estão avaliando se o Bitcoin poderia se juntar ao ouro como um ativo de reserva credível para bancos centrais, apontando para a estrutura de mercado mais madura da criptomoeda, avanços regulatórios e crescente adoção institucional.
Em uma nota divulgada na segunda-feira, analistas do Deutsche Bank afirmaram que ambos os ativos se beneficiaram em 2025 da incerteza geopolítica, questionamentos sobre a independência do Federal Reserve e um dólar enfraquecido, o que impulsionou o ouro a um recorde de US$ 3.703 por onça e o Bitcoin acima de US$ 123.500 em agosto.
Eles argumentam que o Bitcoin agora compartilha várias características com o ouro, incluindo oferta limitada, liquidez e ausência de risco de contraparte.
"Concluímos que há espaço para que tanto o ouro quanto o Bitcoin coexistam nos balanços dos bancos centrais até 2030", afirmaram os analistas Marion Laboure e Camilla Siazon.
O estudo destaca que o próprio ouro passou por períodos de alta volatilidade antes de se estabelecer em carteiras de reserva, sugerindo que as flutuações atuais do Bitcoin podem não impedir sua aceitação futura.
A demanda dos bancos centrais por ouro aumentou, com reservas atingindo cerca de 36.000 toneladas em 2025, enquanto ao mesmo tempo tendências de desdolarização e maior interesse em alternativas de reserva de valor impulsionaram entradas recordes tanto em fundos negociados em bolsa de ouro quanto de Bitcoin.
Esse cenário reforçou o argumento para diversificação além do dólar americano.
O apelo do Bitcoin, segundo o Deutsche Bank, também está na portabilidade e baixos custos de armazenamento em comparação com as altas despesas de manutenção de reservas físicas de ouro.
A aprovação de ETFs de Bitcoin à vista nos EUA fortaleceu sua legitimidade, e vários países já avançaram na construção de reservas nacionais de Bitcoin, incluindo El Salvador, Ucrânia, Butão e Cazaquistão.
No nível estadual, Texas e Arizona aprovaram leis para financiar suas próprias reservas de Bitcoin.
A administração dos EUA também revelou um plano de reserva soberana de Bitcoin, começando com 207.000 BTC apreendidos de casos criminais e uma proposta de compra de mais 1 milhão de moedas através do BITCOIN Act.
Ao mesmo tempo, alguns riscos permanecem. Os analistas observam que o Bitcoin ainda é visto por muitos como um ativo especulativo, com frequentes quedas acentuadas, ameaças persistentes de cibersegurança e uso limitado em pagamentos.
Eles destacam que menos de 30% da atividade do Bitcoin é transacional, e vários grandes bancos centrais na Europa rejeitaram a ideia de mantê-lo. O presidente do Fed, Jerome Powell, também descartou a propriedade pelo banco central americano sob a legislação atual.
Olhando para o futuro, o Deutsche Bank estabelece cinco condições que permitiriam ao Bitcoin se qualificar como ativo de reserva, incluindo complementaridade com o ouro, volatilidade reduzida, ausência de ameaça à primazia do dólar, precedente histórico de adoção gradual e interesse duradouro dos investidores.
"Até 2030, prevemos que o Bitcoin se juntará ao ouro nos balanços oficiais de reserva de muitos bancos centrais", disseram os analistas, à medida que regulamentação, liquidez e confiança continuam a se desenvolver.
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