Acordo sobre Itaipu com Paraguai vai estar resolvido até fim de 2026, diz diretor brasileiro

Publicado 21.08.2025, 10:37
Atualizado 21.08.2025, 10:40
© Reuters. Vista aérea de ItaipunREUTERS

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O acordo entre Brasil e Paraguai que envolve a tarifa da hidrelétrica Itaipu Binacional "já está dado" e o processo estará resolvido até o fim de 2026, quando expiram os termos do pré-acordo já anunciado, disse à Reuters o diretor-geral do lado brasileiro da usina, Enio Verri.

Segundo Verri, a ata do acordo, que trata das bases comerciais, econômicas e financeiras da hidrelétrica, está pronta, mas precisa de ajustes de redação diplomática e obedecer ritos até a assinatura final pelos dois países.

"O que eu posso afirmar é que nós terminamos o ano que vem com isso arrumado, ou seja, o ’deadline’ nosso para ter isso resolvido é até dezembro do ano que vem, e isso vai acontecer", disse Verri à Reuters na quinta-feira, após participar de evento no Rio de Janeiro.

Além de ser assinado pelos presidentes de Brasil e Paraguai, o acordo ainda precisará ser aprovado pelos respectivos Congressos de ambos os países.

Uma espécie de "pré-acordo" foi anunciado no ano passado, determinando uma redução da tarifa da energia da usina para os consumidores brasileiros a partir de 2026, para algo entre US$10 e US$12. Atualmente, a tarifa está na casa dos US$17, mas exigindo realocação de recursos das contas de Itaipu para se manter nesse patamar.

Brasil e Paraguai haviam se comprometido anteriormente a assinar, até maio deste ano, o acordo do chamado "Anexo C", estabelecendo as novas condições financeiras de comercialização de energia da hidrelétrica, passados 50 anos da assinatura do Tratado de Itaipu.

As negociações, porém, chegaram a ser suspensas devido a investigações sobre "ação de inteligência" da agência brasileira Abin contra os paraguaios durante o governo de Jair Bolsonaro. As conversas foram retomadas em julho, após visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país vizinho.

Pelo acordo vigente de Itaipu, cada país tem direito a metade da energia gerada pela binacional, mas o Brasil compra uma fatia expressiva da cota dos paraguaios.

ENERGIA SOLAR

O executivo de Itaipu disse ainda que, a partir de setembro, a usina vai começar a gerar energia fotovoltaica a partir de balsas com placas solares espalhadas pela represa da hidrelétrica.

Com investimento de US$1 milhão, a geração inicial do empreendimento será de 1 megawatt-pico (MWp), mas a meta é atingir 5 MWp no futuro, disse Verri, afirmando que a usina irá alimentar o consumo de energia da própria usina.

 

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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