NOVA YORK (Reuters) - Os cafeicultores brasileiros produziram 67,9 milhões de sacas de 60 kg de café na safra 2020/21 (julho-junho), de acordo com um relatório do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) em São Paulo, que manteve inalterada sua estimativa para a colheita.
O volume é um recorde, superando a máxima anterior de 66,5 milhões de sacas produzidas na temporada 2018/19, segundo o USDA, que acrescentou que a qualidade também foi muito boa, considerando o tamanho dos grãos e o sabor tanto para a variedade robusta quanto para a arábica.
O relatório do adido fixou a produção de arábica em 47,8 milhões de sacas, 5,8 milhões de sacas a mais do que na temporada anterior, e a safra de robusta em 20,1 milhões de sacas, contra 18,5 milhões de sacas no ano anterior.
O USDA estima que os agricultores venderam cerca de 70% da enorme safra até este momento.
O departamento projeta as exportações de café verde do Brasil em 2020/21 em 37 milhões de sacas, ante embarques de 36,2 milhões de sacas reportados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) em 2019/20.
O relatório estima que o consumo local de café no Brasil não vai crescer em 2020/21, mantendo-se no mesmo nível visto no ano anterior, de 23,5 milhões de sacas.
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, além de segundo maior consumidor, atrás apenas dos Estados Unidos.
(Por Marcelo Teixeira)