São Paulo, 24 - A Syngenta, de proteção de cultivos, apresentará pela primeira vez no Brasil, durante a Agrishow, sua tecnologia de Inteligência Artificial (IA), que passará a integrar a Cropwise, plataforma de agricultura digital presente há cinco anos no País e que já alcança 100 milhões de hectares no País.
Segundo o líder global de agricultura digital da Syngenta, Feroz Sheikh, que estará no evento em Ribeirão Preto (SP), a escolha do País para a estreia do produto pode ser atribuída à visão de que o Brasil é um dos principais e mais avançados mercados em questão de sustentabilidade e avanço tecnológico no agronegócio. A Syngenta investe 10% do seu faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento. Em 2023, teve receita de US$ 32,2 bilhões.
Para Sheikh, o mercado brasileiro tem o maior potencial de crescimento no mundo no setor, o que demanda energia e recursos para novos investimentos por aqui. "É onde os produtores estão prontos para adotar inovações", disse o executivo. "Quando trazemos essas inovações, os agricultores entendem o valor dessa tecnologia e ficam ansiosos para adotá-las."
A premissa da IA será permitir análises preditivas que tornam viável o avanço da produtividade, sustentabilidade e eficiência nas operações da lavoura. Em um ano em que o País lida com preços mais baixos de commodities e quebra de safra, o executivo vê a ferramenta como essencial. "Nosso foco está em auxiliar os agricultores a tomarem as melhores decisões", definiu. "Seja em relação ao momento certo para aplicações de químicos no campo, seja em relação a decisões relacionadas ao preço das commodities, queremos ajudá-los a fazer as melhores escolhas para otimizar a lucratividade e a sustentabilidade das lavouras."
Além de apresentar a IA pela primeira vez - com previsão de lançamento no segundo semestre deste ano -, a Syngenta também vai oferecer durante a feira o Cropwise Balance, ferramenta desenvolvida para entregar ao produtor maior controle dos custos de produção. Já para o segundo semestre, pretende fazer o lançamento global do Cropwise Anomaly Detection, tecnologia desenvolvida para vasculhar e armazenar dados de até cinco anos com objetivo de encontrar possíveis anomalias nas lavouras, e do Nemadigital, que pretende minimizar perdas causadas por nematoides e que já chegou ao Brasil, antes do resto do mundo.