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SÃO PAULO (Reuters) - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira abertura de consulta pública sobre o leilão de transmissão de 2026, que inclui R$1 bilhão em obras projetadas para reduzir cortes de geração que têm afetado usinas eólicas e solares do Nordeste.
Marcado para 27 de março, o certame deverá oferecer cinco lotes, prevendo a construção de 661 quilômetros de novas linhas, continuidade da operação de ativos já existentes, entre outros. Ao todo, os projetos incluídos na licitação somam R$3,31 bilhões em investimentos estimados.
O maior lote do leilão, com R$1,1 bilhão em aportes previstos, envolve a instalação de compensadores síncronos em subestações do Ceará e Rio Grande do Norte.
Esses equipamentos ajudam no controle de tensão e estabilização da rede, e são vistos como importantes ferramentas para ajudar a reduzir os cortes de geração que têm sido impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) às usinas eólicas e solares do Nordeste, seja por falta de demanda suficiente ou por problemas e gargalos da rede elétrica.
O lote dos compensadores síncronos foi dividido em 4 sublotes, que poderão ter competição cruzada entre empresas interessadas.
A Aneel sugeriu ainda a inclusão, no leilão, de projetos de transmissão da empresa indiana Sterlite que estão sob análise de caducidade. São três contratos licitados em 2022 cujas obras não saíram do papel, e para os quais a Aneel buscará garantir um novo empreendedor.
Segundo o diretor Ivo Nazareno, a Sterlite apresentou na véspera à Aneel um plano de transferência de controle dos três contratos para um novo controlador. O órgão regulador irá analisar a alternativa e avaliar, no futuro, se será necessário mantê-los ou não no leilão.
As instalações do certame de transmissão de 2026 estarão distribuídas em 12 Estados (Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo) e deverão gerar cerca de 9 mil empregos diretos e indiretos, estimou a Aneel.
(Por Letícia Fucuchima)