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Argentina denuncia cinco petrolíferas por exploração "ilegal" nas Malvinas

Publicado 09.04.2015, 15:15
Atualizado 09.04.2015, 15:35
© Reuters. Argentina denuncia cinco petrolíferas por exploração "ilegal" nas Malvinas
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Buenos Aires, 9 abr (EFE).- O governo argentino denunciou nesta quinta-feira cinco empresas petrolíferas por exploção "ilegal" nas cercanias das ilhas Malvinas, alvo de disputa entre o país sul-americano e o Reino Unido, informaram fontes oficiais.

As empresas denunciadas são as britânicas Rockhopper Exploration plc, Premier Oil plc e Falkland Oil And Gas Limited, a americana Noble Energy INC (WA:INCP), e a italiana Edison International (NYSE:EIX) Spa, detalhou a Chancelaria argentina em comunicado.

As citadas companhias integram um consórcio responsável pela contratação de uma plataforma semi-submersível que há um mês começou a explorar na bacia Norte das Malvinas, a cerca de 200 quilômetros das ilhas, com o objetivo de perfurar seis poços, informou o Ministério das Relações Exteriores.

Na apresentação judicial, liderada pela presidente argentina, Cristina Kirchner, as companhias petrolíferas são acusadas de "levar adiante atividades de exploração de hidrocarbonetos na plataforma continental argentina sem ter obtido a correspondente autorização da Secretaria de Energia".

O secretário de Assuntos Relativos às Ilhas Malvinas, Daniel Filmus, acusou o consórcio de violar as leis argentinas e também resoluções das Nações Unidas que pedem que ambos países "não introduzam modificações unilaterais na situação, enquanto está pendente a solução da controvérsia" sobre a soberania do arquipélago.

Para o governo argentino, a denúncia inscreve-se em seu plano para "proteger os recursos naturais sob sua soberania e jurisdição e rejeitar as atividades de hidrocarboneto ilegais em sua plataforma continental".

Em 2013, a Secretaria de Energia da Argentina desabilitou por prazos de 15 e 20 anos seis empresas britânicas para realizar atividades no país, por operar sem a autorização correspondente em áreas próximas às Malvinas.

Após a apresentação judicial, Filmus se uniu às críticas de outros funcionários argentinos pelo anunciado aumento da despesa militar no arquipélago.

"Não faz sentido uma presença de 1,2 mil soldados britânicos nas ilhas", disse o secretário de Assuntos Relativos às Ilhas Malvinas.

Filmus reiterou que "não há nenhuma ameaça argentina" e pediu ao governo de David Cameron que se sente para dialogar a fim de resolver o conflito territorial.

O governo argentino citou hoje o embaixador britânico, John Freeman, para exigir explicações por supostas ações de espionagem contra o país relacionadas com a disputa sobre as ilhas, enquanto sua colega argentina, Alicia Castro, foi convocada pelo Foreign Office (Chancelaria).

A Argentina reivindica a soberania das Malvinas, localizadas no Atlântico sul, que estão em mãos do Reino Unido desde 1833.

A guerra pelas Malvinas entre ambos países ocorreu em 1982 e deixou 900 mortos, em sua maioria combatentes das tropas argentinas que desembarcaram nas ilhas.

O governo britânico rejeita negociar ao alegar que a decisão corresponde aos malvinenses, que se pronunciaram em 2013 a favor de seguir sendo britânicos em um referendo não reconhecido internacionalmente.

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