Investing.com - A melhoria do clima internacional com a dissipação de parte das tensões entre EUA e Coreia do Norte tira o peso pessimista que deu o tom do mercado financeiro internacional na última semana, abrindo espaço para novas altas.
O Ibovespa Futuros surfa nessa onda otimista global e avança 0,3% aos 69.420 pontos. Ontem o, Ibovespa avançou 1,37% para recuperar os 68 mil pontos a 68.284 pontos.
O investidor da bolsa brasileira ainda permanece atento à divulgação da nova meta fiscal para 2017 e 2018 após o adiamento do anúncio ontem, já prorrogado da semana passada.
A decisão de adiar os novos números ocorreu ainda na reta final do pregão de ontem e não pareceu afetar tanto assim os investidores. O aumento da meta para a casa dos R$ 159 bilhões aparenta estar precificado pelo mercado e a expectativa é que o governo anuncie um pacote de redução de gastos, focado nos servidores públicos, como adiamento de reajustes, aumento da alíquota previdenciária e corte nos salários iniciais.
O forte impacto político das medidas contra as classes bem organizadas e capazes de pressionar governo e parlamentares parece provocar cuidados extras do governo para acertar todas as pontas antes do anúncio e hoje Meirelles toma café-da-manhã com deputados e senadores da base para expor, novamente, a situação fiscal do país.
A Europa opera com ganhos de 0,2% no DAX e de 0,4% no CAC 40 e FTSE 100, depois de um fechamento majoritariamente positivo na Ásia com a redução da tensão entre EUA e Coreia do Norte. Os futuros dos EUA também avançam, com ganhos de 0,2% nos três principais índices - Dow, S&P 500 Futurose no Nasdaq.
Commodities
O dia é de baixa no mercado de petróleo com perdas de 0,5% no WTI, a US$ 47,35 o barril, e de 0,8% no Brent, a US$ 50,35 o barril, como uma consequência do cenário negativo de valorização do dólar, combinada com uma menor demanda chinesa e aumento da produção da Opep.
O minério de ferro registra novo dia de queda na China com recuo de 1% nos contratos futuros da bolsa de Dalian, a 530 iuanes a tonelada. No porto de Qingdao, a commodity cedeu 1,4%, para a casa dos US$ 73 a tonelada.
Mundo corporativo
A JBS (SA:JBSS3) teve lucro líquido de 309,8 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 79,8%ante mesma etapa de 2016, resultado marcado por queda nas receitas, aumento das despesas e impacto do câmbio. O Ebitda ajustado do trimestre foi de R$ 3,76 bilhões, alta de 29,9%. O resultado não foi auditado.
A Marfrig (SA:MRFG3) anunciou que teve prejuízo líquido das operações continuadas de R$ 156,9 milhões de reais, ante resultado também negativo de R$ 200,5 milhões em igual etapa de 2016. A empresa afirmou no balanço que vê com "perspectiva positiva" o setor de bovinos brasileiro. O Ebitda ajustado no período foi de R$ 391 milhões, queda de 7,7%.
A CCR (SA:CCRO3) teve um salto de 357,9% no lucro líquido do segundo trimestre ante mesma etapa do ano passado, a R$ 667,1 milhões de reais. influenciado pelo aumento das receitas após aquisição de participações nas concessionárias ViaQuatro e na ViaRio. Considerando bases comparáveis, o lucro foi R$ 287,5 milhões de abril a junho, crescimento de 195,8%.
A Sabesp (SA:SBSP3) teve lucro líquido de R$ 331,8 milhões no segundo trimestre, queda de 58% sobre o resultado positivo obtido um ano antes. O Ebitda teve queda de 4,6%, para R$ 1,06 bilhão.
A Qualicorp (SA:QUAL3) teve leve alta no lucro do segundo trimestre, uma vez que conseguiu compensar mais uma rodada de redução da base de clientes com aumento dos preços e redução de custos. A companhia informou lucro líquido de R$ 70,6 milhões, alta de 1,4%.
Com Reuters