Bancos centrais mundiais compraram US$ 96 bilhões em ouro em 2024

Publicado 05.02.2025, 11:39
© Reuters.

Investing.com -- Os bancos centrais mundiais compraram 1.045 toneladas de ouro em 2024, um volume avaliado em cerca de US$ 96 bilhões, com base nos preços de terça-feira, segundo um relatório sobre tendências de demanda do metal, do Conselho Mundial do Ouro (WGC, na sigla em inglês).

Polônia, Índia e Turquia lideraram as compras, gerando o que o WGC classificou como um "ritmo impressionante de acumulação".

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O aumento da demanda levou as aquisições globais de ouro a um recorde de 4.974 toneladas, mesmo com o consumo de joias em queda devido à alta nos preços. Os bancos centrais seguem como compradores líquidos há 15 anos, mas o ritmo de acumulação praticamente dobrou desde o início da guerra na Ucrânia, à medida que diversas economias buscam reduzir a exposição a ativos denominados em dólar.

“A maior surpresa do lado da demanda foi o fato de os bancos centrais terem comprado mil toneladas no ano passado”, afirmou John Reade, estrategista sênior de mercado do WGC. “As compras foram amplas e superaram nossas estimativas iniciais.”

Mesmo após o recorde de 2023, o apetite por ouro segue forte, segundo o relatório.

“A incerteza geopolítica e econômica continua elevada em 2025, e é provável que os bancos centrais mais uma vez recorram ao ouro como um ativo estratégico estável”, destacou o WGC.

O preço do ouro subiu 27% no último ano, à medida que investidores buscaram proteção diante dos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, além da mudança de postura dos bancos centrais em direção a cortes de juros.

Enquanto isso, a demanda por joias caiu 11%, para 1.877 toneladas, com a China respondendo pela maior parte da queda. O consumo de joias no país ficou abaixo da Índia pela segunda vez em três anos, refletindo um enfraquecimento da demanda diante do avanço dos preços.

“Esperamos que os bancos centrais continuem sendo o principal motor do mercado e que investidores de ETFs de ouro passem a participar mais ativamente”, afirma o relatório. “A demanda por joias deve permanecer pressionada, e o segmento de reciclagem pode continuar crescendo. Já a oferta das mineradoras tende a se manter estável.”

Reade também destacou que, apesar da queda no segmento de joias, a demanda por ouro como investimento aumentou na China.

“A China continua sendo o maior mercado de ouro — obviamente, a demanda por joias caiu, mas a busca por ouro como investimento cresceu”, disse ele. “A relação entre os dois segmentos pode ser vista como um indicador do sentimento econômico no país.”

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