O Banco Central aprovou a entrada do Itaú BBA no quadro de acionistas da Orbia, marketplace de insumos e serviços para o setor agropecuário. A operação já havia recebido o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no ano passado, conforme lembra a empresa em nota. Com a chancela do BC, o Itaú BBA passa a deter 12,82% das ações da Orbia.
Bayer (ETR:BAYGN), Bravium e Yara Brasil reduziram sua participação de forma proporcional, para 59,98%, 14,99% e 12,21%, respectivamente, das ações do marketplace.
Lançado no fim de 2019, o marketplace passou de R$ 200 milhões em vendas em 2020, primeiro ano de operação, para cerca de R$ 1 bilhão em 2021 e R$ 2,4 bilhões em 2022.
"Um dos aspectos mais fundamentais na tomada de decisão do agricultor é o acesso a produtos financeiros. Com a chegada do Itaú BBA, teremos a possibilidade de ampliar nossa capacidade de atender à demanda do nosso cliente", explica, no comunicado, o CEO da Orbia, Ivan Moreno.
"A digitalização das compras de insumos já é uma realidade e o acesso ao crédito é parte relevante nesta jornada. Por meio desta associação com a Orbia, seremos capazes de oferecer soluções para que a sua base de clientes tenha acesso ao crédito de forma mais eficiente e ágil", comenta na nota o diretor de Agronegócio do Itaú BBA, Pedro Fernandes.
Em fevereiro, a Orbia lançou, em parceria com o Itaú BBA, o Orbia Pag, produto financeiro que antecipa recebíveis aos vendedores de insumos. Com ela, o distribuidor entrega ao produtor rural o produto comprado e recebe o pagamento à vista, enquanto o produtor só quita a dívida no vencimento, diretamente com o banco, em um prazo de até 12 meses.
Para utilizar a solução, produtores precisam ter limite pré-aprovado na plataforma, que pode chegar, na etapa de lançamento, a até R$ 500 mil. O produtor não precisa apresentar garantia nem enviar documentos para ativar a solução, apenas estar cadastrado no marketplace e aceitar os termos de uso.