NOVA YORK (Reuters) - O café arábica atingiu novas máximas de preços em 47 anos nesta segunda-feira, em meio a preocupações com a safra no Brasil, aumento dos custos de comercialização e com os investidores permanecendo nervosos depois que dois comerciantes brasileiros buscaram negociações de dívidas em tribunal.
Os preços do cacau atingiram novos picos de sete meses.
CAFÉ
* Os contratos futuros do café arábica na ICE fecharam praticamente estáveis, a 3,301 dólares por libra-peso, depois de terem atingido o maior valor desde 1977, a 3,3640 dólares.
* As conversas de mercado continuam a se concentrar hedges relacionados ao Brasil, disse o corretor da StoneX Tomas Araujo.
* Tais operações envolvem a compra ou a entrada em posições compradas de futuros para compensar ou encerrar uma posição vendida.
* Isso tem ocorrido devido ao aumento das chamadas de margem no mercado.
* Separadamente, há preocupações constantes de que a próxima safra do Brasil, o maior produtor, decepcione.
* O café robusta fechou em alta de 84 dólares, ou 1,6%, a 5.200 dólares a tonelada métrica.
CACAU
* Os contratos futuros do cacau em Londres na ICE subiram 206 libras, ou 2,6%, para 8.096 libras por tonelada, depois de atingir o maior valor desde o final de abril, para 8.306.
* As chegadas de cacau 2024/25 da Costa do Marfim, maior produtor, aumentaram 34% desde o início da temporada até 8 de dezembro, mas o país está passando por um período de seca.
* Embora isso dê tempo para a colheita da safra principal, a safra intermediária continua estressada, deixando os traders nervosos após três temporadas sucessivas de déficit.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto de março caiu 0,31 centavo, ou 1,4%, para 21,50 centavos de dólar por libra-peso.
* Os analistas do Citi esperam que os preços se recuperem, citando uma perspectiva negativa para a próxima safra do Brasil e um equilíbrio apertado da oferta global.
* "Reiteramos nossos preços de três meses em 24 centavos/libra-peso e revisamos para cima nossa previsão de 12 meses para 25 centavos/libra-peso", disseram em uma nota aos clientes.
* O açúcar branco de março caiu 1,1%, a 555,00 dólares por tonelada.
(Reportagem de Maytaal Angel e Marcelo Teixeira)