PEQUIM (Reuters) - A produção de petróleo da China deverá aumentar neste ano ante o recorde registrado em 2014, com a ajuda do volume adicional da terceira maior produtora, a CNOOC, que deve compensar as reduções de seus dois rivais de maior porte.
O aumento da produção da China deve adicionar volume a um excesso de oferta global, estimado em cerca de 2,6 milhões de barris por dia (bpd), que contribuiu com a queda de quase 50 por cento dos preços internacionais do petróleo em relação a 2014.
Enquanto não há nenhuma projeção oficial de produção chinesa, informações das maiores empresas petrolíferas estatais indicam que a produção do país vai subir levemente em 2015, em grande parte devido ao aumento da produção da CNOOC, a unidade listada da estatal China National Offshore Oil Corporation.
"O que temos gasto nos últimos anos lançou as bases para o crescimento da produção neste ano", disse um funcionário do departamento de relações com investidores da CNOOC, que pediu para permanecer anônimo. A CNOOC empenhou 17 bilhões de dólares em gastos de capital em 2014.
Apesar dos cortes de custos recentes, a CNOOC disse que já adicionou pelo menos 40 mil bpd de produção neste ano. E tem como objetivo aumentar a produção diária de óleo e gás doméstico em pelo menos 135 mil barris de óleo equivalente até o fim de 2015, de acordo com previsões da empresa.
A chinesa é parceira da Petrobras (SA:PETR4) na área de Libra, grande promessa brasileira no pré-sal da Bacia de Santos, juntamente com os parceiros Shell, Total e China National Petroleum Corp (CNPC).
Enquanto isso, as duas maiores produtoras da China, a PetroChina e a Sinopec, anunciaram cortes.
A PetroChina planeja reduzir a produção em 1,5 a 1,6 por cento em 2015, ou cerca de 40 mil bpd, com mais de 70 por cento destes cortes no território chinês.
Já a produção da Sinopec deverá cair 30 mil bpd, ou 3,5 por cento, para cerca de 820 mil bpd este ano, segundo seu relatório anual.
A China produziu um recorde de 4,2 milhões de bpd em 2014.
(Por Adam Rose)