Trump diz que só reduzirá tarifas se países concordarem em abrir mercados aos EUA
Por Dominique Patton
(Reuters) - O Ministério do Comércio da China disse nesta quarta-feira que continuará a impor, por mais cinco anos, tarifas antidumping e anti-subsídios sobre os grãos secos de destilaria (DDGS, na sigla em inglês), usados como ingredientes para ração animal e importados dos Estados Unidos.
A medida, amplamente esperada pelo setor, mantém as tarifas de até 66% sobre o produto. As tarifas expiraram em 2021 e passaram por um período de revisão de um ano que termina em 11 de janeiro.
Os DDGS são um subproduto rico em proteínas da produção de etanol.
Os produtores chineses de etanol estão lutando com os altos preços do milho, sua principal matéria-prima, e o fraco consumo doméstico, disse Rosa Wang, analista da Shanghai JC Intelligence Co Ltd.
A unidade de etanol da Associação da Indústria de Álcool da China saudou o anúncio do ministério.
"Nos últimos cinco anos, as duplas tarifas alcançaram resultados notáveis, coibindo efetivamente o comércio desleal de grãos de destilaria dos Estados Unidos e garantindo o desenvolvimento saudável da indústria doméstica de grãos de destilaria", disse em um comunicado oficial da associação em sua conta do Wechat.
“Se as medidas anti-subsídios e antidumping forem encerradas, é muito provável que os EUA voltem a exportar grandes quantidades de DDGS para a China a um preço baixo, podendo continuar ou causar danos à indústria doméstica novamente”, acrescentou.
Não se espera que as tarifas contínuas tenham um impacto significativo nos exportadores dos EUA, que transferiram as vendas para outros mercados, como Coreia do Sul e México, desde que a China implementou as tarifas em 2016.
As tarifas antidumping estão entre 42,2% e 53,7%, enquanto as tarifas anti-subsídios variam de 11,2% a 12%.
(Por Dominique Patton)