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SÃO PAULO (Reuters) - A colheita de soja no Rio Grande do Sul, Estado que colhe por último a safra da oleaginosa no Brasil, atingiu 50% da área total cultivada, com produtividades díspares em 2024/25, já que algumas regiões foram afetadas pelo tempo seco e quente e outras tiveram melhor sorte, afirmou a Emater nesta quinta-feira.
O órgão de assistência técnica do governo gaúcho informou ainda que 39% das áreas já estão em maturação, 10% em enchimento de grãos e 1% em floração.
As atividades de colheita tiveram ritmo mais lento, após chuvas atingirem o Estado esta semana. A umidade, contudo, deve beneficiar as lavouras de ciclo tardio.
As produtividades variam de apenas 180 kg/hectare no extremo oeste até 6.000 kg/ha no nordeste do Estado, área que recebeu mais precipitações ao longo do ciclo.
"A produtividade média estadual está estimada em 2.240 kg/ha, mas ainda há possibilidade de redução devido à escassez hídrica registrada em março, que afetou lavouras de todos os ciclos", afirmou a Emater.
Em estimativa divulgada nesta quinta-feira, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou a safra de soja do Rio Grande do Sul em 14,6 milhões de toneladas, recuo de 25,7% ante a temporada passada.
Na temporada atual, por conta da quebra de safra, o Estado ficou em quarto lugar no geral entre os principais produtores do país, atrás de Mato Grosso, Paraná e Goiás, embora tenha a segunda maior área plantada do Brasil.
A colheita de milho foi menos afetada pelo tempo seco no Rio Grande do Sul, o maior produtor do cereal na primeira safra, com colheita estimada pela Conab em 5,5 milhões de toneladas, alta anual de 13,7%.
Segundo a Emater, os produtores gaúchos já colheram 85% da área, 11 pontos acima da média histórica para o período.
"A colheita evoluiu lentamente em razão da priorização de culturas mais sensíveis à deterioração pós-maturação, como arroz, soja e feijão...", disse a Emater.
No arroz, a área colhida alcança 68% do total, e a produtividade média é de 8.376 kg/ha, "considerada muito satisfatória". O Rio Grande do Sul é o principal produtor nacional do cereal.
(Por Roberto Samora)