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Conab: 1º levantamento da safra 2024/25 de cana prevê 685,86 milhões de t

Publicado 25.04.2024, 10:50
© Reuters.  Conab: 1º levantamento da safra 2024/25 de cana prevê 685,86 milhões de t

São Paulo, 25 - A safra brasileira de cana-de-açúcar 2024/25 (iniciada oficialmente neste mês) deve alcançar 685,86 milhões de toneladas, uma redução de 3,8% em relação à safra anterior 2023/24, que foi de estimada em 713,21 milhões de t. Os números fazem parte do primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira, 25.

Conforme comunicado da Conab, entre os fatores apontados para a queda, estão os baixos índices pluviométricos, aliados às altas temperaturas registradas na Região Centro-Sul. O clima adverso pode causar perdas na produtividade, estimada em 79.079 quilos por hectare, 7,6% abaixo da obtida na safra anterior (85.580 kg/ha), que foi favorecida pelas boas condições climáticas.

De acordo com o levantamento da Companhia, a área de colheita da cana apresentou crescimento de 4,1%, passando de 8,33 milhões de hectares para 8,67 milhões de hectares. "O crescimento deve-se ao aumento de áreas em expansão e renovação, sendo que a colheita na Região Centro-Sul, já iniciada, passa a se intensificar a partir de maio", explicou a estatal.

Apesar da redução na safra, a pesquisa da Conab mostra uma produção de açúcar estimada em 46,29 milhões de toneladas, um acréscimo de 1,3% em relação ao obtido na safra anterior, recorde até então. Quando comparada com a safra 2023/24, com exceção da Região Norte, e os Estados de Mato Grosso e São Paulo, apesar do maior direcionamento da cana-de-açúcar para a produção do adoçante em relação ao etanol, observa-se crescimento na produção de açúcar. "O mercado favorável justifica esse valor, colocando, a atual safra, como a maior produção de açúcar da série histórica da Conab", destacou.

Já a produção total de etanol, somados os produzidos a partir da cana-de-açúcar e do milho, deverá reduzir 4% em relação à safra anterior. A estimativa indica a produção de 34,18 bilhões de litros de etanol, produzidos a partir da cana-de-açúcar e de milho. Desse total, 15,18 bilhões de litros serão de etanol anidro, recorde, e 19 bilhões de litros de etanol hidratado.

Quando analisado apenas o etanol oriundo do esmagamento da cana-de-açúcar, observa-se uma redução de 8%, devendo atingir 27,32 bilhões de litros. Para o etanol hidratado, a expectativa é de produção de 15,05 bilhões de litros, uma redução de 14,7% em relação à safra anterior. "O deficit poderá ser parcialmente compensado com o aumento da produção de etanol de milho. Já o etanol anidro deverá ter aumento de 1,8%, quando comparado à última safra, recorde até então", ponderou a Conab.

Já o derivado de milho, apresenta crescimento de 16%, alcançando recorde estimado em 6,86 bilhões de litros. A maior parte é de etanol hidratado, com crescimento de 7,3%, somando, 3,95 bilhões de litros, enquanto o etanol anidro deverá ter uma produção de 2,92 bilhões de litros, 30,1% acima do volume produzido na safra 2023/24.

Regiões

Na Região Sudeste, onde se concentra a maior produção de cana-de-açúcar do País (64,6%), estima-se uma produção de 442,74 milhões de toneladas, uma retração de 5,6% ante a safra 2023/24, com a maior redução observada em São Paulo, de 28,32 milhões de toneladas, por causa do contraste com o excelente resultado da safra passada. O Centro-Oeste, segunda região que mais produz cana-de-açúcar, tem a estimativa, para esta safra, de 145,69 milhões de toneladas destinadas ao setor sucroenergético.

Para o Nordeste, indica-se uma produção de 56,65 milhões de toneladas, semelhante à obtida na safra anterior, com lavouras em fase de crescimento e provável início da colheita a partir de agosto. Já nas Regiões Sul e Norte do País, a expectativa é que produzam, respectivamente, 37 milhões de toneladas e 3,78 milhões de toneladas.

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