SÃO PAULO (Reuters) - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu nesta terça-feira sua estimativa para a safra de soja do Brasil 2014/15 para 93,26 milhões de toneladas, ainda um recorde, ante 94,58 milhões da previsão de fevereiro, devido a reduções na área plantada e na produtividade média.
A Conab ajustou em cerca de 170 mil hectares o cálculo da área semeada com a oleaginosa no país, recuando para 31,334 milhões de hectares.
As estimativas de produtividades variaram para cima e para baixo em alguns Estados, mas na média nacional houve uma ligeira redução para 49,6 sacas de 60 kg por hectare, ante 50 sacas do relatório de fevereiro.
"O bom desempenho do clima durante todo o desenvolvimento da lavoura e o avanço recente da colheita gerou a expectativa de incremento na produtividade obtida (em Mato Grosso)", disse a Conab.
Por outro lado, em Goiás, as chuvas de fevereiro não foram suficientes para atenuar os efeitos do longo período de estiagem, disse a Conab, destacando que a produtividade obtida vem apresentando indicações de redução.
Para o Rio Grande do Sul, a Conab manteve sua previsão de produtividade de 46,4 sacas por hectare. O Estado é o terceiro maior produtor de soja do país e realiza plantio e colheita depois de outras regiões.
Muitos analistas destacam que as produtividades do Rio Grande do Sul, que podem ser mudar até o final desta safra, são o fator que ainda pode provocar uma alteração mais relevante no volume total da safra de soja do Brasil. Até o momento, no entanto, o clima tem sido amplamente favorável às lavouras gaúchas.
A safra de soja do Brasil em 2013/14 atingiu 86,12 milhões de toneladas.
MILHO
Para a safra total de milho do país, a projeção foi reduzida para 78,21 milhões de toneladas, ante 78,4 milhões da previsão de fevereiro.
A primeira safra, já praticamente colhida, foi reduzida para 29,72 milhões de toneladas, ante 30,12 milhões do relatório de fevereiro.
Já a segunda safra do cereal, que está sendo plantada nas principais regiões produtoras, é vista agora em 48,48 milhões de toneladas, ante 48,27 milhões em fevereiro.
(Por Gustavo Bonato)