SÃO PAULO (Reuters) - A safra total de milho do Brasil 2021/22 foi estimada em recorde de 114,69 milhões de toneladas, com uma redução de cerca de 1 milhão de toneladas na comparação com a previsão do mês anterior, devido à contabilização de efeitos de produtividades menores pela falta de chuva e ataques de praga, disse a estatal Conab nesta quinta-feira.
Ainda assim, a produção deve crescer 31,7% ante o ciclo 2020/21, quando as lavouras foram afetadas em grande escala por problemas climáticos como seca e geadas.
Além da estiagem recente, a Conab citou o ataque da cigarrinha para reduzir a produtividade do milho.
Já a safra de soja 2021/22 do Brasil foi estimada em 124,05 milhões de toneladas, estável ante previsão anterior, mas uma queda de 10,2% ante o ciclo 2020/21, uma vez que a seca afetou a oleaginosa na colheita deste ano.
A safra de algodão do Brasil 2021/22 foi projetada em 2,73 milhões de toneladas, ligeira redução ante a previsão anterior também por conta da escassez de chuvas, mas alta de 16% versus o ciclo anterior. A Conab destacou, contudo, que a qualidade da pluma está "muito boa".
A companhia ainda elevou ligeiramente a safra de trigo do Brasil, para um recorde de 9,16 milhões de toneladas, o que representa alta anual de 19,3%, praticamente em linha com o informado na previsão do mês passado.
A estatal não mexeu nas projeções de exportação de soja e milho, estimadas em 75,23 milhões e 37,5 milhões de toneladas, respectivamente.
Mas disse que ajustou as projeções de estoques finais de soja do Brasil em 2021/22 para 5,98 milhões de toneladas, ante 4,65 milhões na previsão anterior e 7,66 milhões em 2020/21, após uma reavaliação de dados da safra passada.
(Por Roberto Samora)