Por Geoffrey Smith
Investing.com - Os preços do petróleo reverteram as perdas da noite e eram negociadas praticamente estáveis no meio da manhã em Nova York na quinta-feira (6), após uma divulgação de dados de emprego mais fortes do que o esperado tranquilizar o mercado de que a recuperação econômica dos EUA ainda está no caminho certo - embora os números tenham achatado a tendência de alta.
Às 12h30 (horário de Brasília), os contratos futuros de petróleo dos EUA caíam 0,1%, para US$ 42,13 por barril, enquanto o índice internacional Brent subia 0,3%, para US$ 45,31 por barril.
Os contratos futuros de gasolina RBOB subiam 1,4%, a US$ 1,2395 por galão.
O petróleo bruto dos EUA atingiu uma máxima de cinco meses na quarta-feira, depois que dados do governo mostraram uma queda de mais de 7 milhões de barris nos estoques dos EUA. No entanto, o índice havia escorregado no comércio asiático e europeu devido a alguns balanços fracos e em meio a preocupações persistentes sobre o próximo pacote de medidas de alívio econômico atualmente sendo debatido em Washington DC.
O entusiasmo também foi atenuado por um alerta da Exxon Mobil (NYSE:XOM) de que até um quinto de suas reservas pode não ser economicamente viável se os preços permanecerem em níveis baixos.
O mercado recuperou seu ímpeto ascendente depois que o relatório semanal emprego parecia corroborar o quadro criado pelos números dos estoques: os pedidos iniciais de seguro-desemprego caíram para 1,18 milhão, o menor nível desde o primeiro pico de pedidos no final de março. Os pedidos contínuos também caíram para o menor nível desde abril.
No entanto, o número de pessoas que pediram benefícios de todos os programas governamentais - incluindo o esquema de Assistência ao Desemprego Pandêmico - na verdade aumentou ligeiramente em cerca de meio milhão, para 31,31 milhões. Isso torna os números menos fáceis de interpretar.
As notícias otimistas dos EUA - combinadas com fortes dados econômicos anteriores da Europa, em que os pedidos da indústria saltaram na Alemanha e a produção se recuperou na Itália - ofuscaram sinais de enfraquecimento da disciplina entre o chamado grupo de produtores Opep+ em julho.
A Energy Intelligence estimou que o grupo não cumpriu suas metas de corte de produção em julho, um mês após ter excedido drasticamente suas metas em junho, graças a cortes adicionais voluntários na Arábia Saudita. O maior superprodutor, segundo a EI, ainda era o Iraque.