RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) está operando a cerca de 80 por cento de sua capacidade de produção de aço e espera elevar esse número até setembro de 2017, afirmou nesta terça o presidente da usina controlada pelo grupo alemão ThyssenKrupp.
Atualmente, a siderúrgica fluminense opera a um ritmo anual de 4,1 milhões de toneladas de placas, volume semelhante ao observado no ano de 2014.
"Estamos em evolução, operando hoje com um pouquinho mais de 80 por cento da capacidade", disse o presidente da CSA, Walter Medeiros, durante o . A perspectiva é que no fim de 2017, provavelmente em setembro, a planta esteja operando com toda a capacidade de 5 milhões de toneladas, disse Medeiros durante fórum de siderurgia, no Rio de Janeiro.
Segundo ele, aproximadamente 85 por cento do volume atual produzido pela CSA tem como destino o mercado externo, em especialmente os Estados Unidos. "O mercado de placas no Brasil ainda é muito pequeno e economia tem que estar crescendo 5 a 6 por cento para conseguirmos um mercado interno de placa 1,5 milhão de toneladas por ano. Ainda falta muito para isso", disse Medeiros. "Hoje, se conseguir vender metade no mercado doméstico já um ponto muito positivo", acrescentou.
A CSA é autossuficiente em geração de energia e ainda há um excedente de 200 megawatts que já são vendidos para as distribuidoras de energia. A idéia é aumentar no futuro essa parcela excedente para a companhia aumentar o faturamento com a venda de energia.
Uma possível venda da usina, parte de um plano inicial da ThyssenKrupp, ainda segue descartada, afirmou Medeiros. "Neste momento, este assunto está completamente fora de pauta. O nosso foco é melhorar a eficiência operacional e extrair toda a capacitação técnica do projeto e trazer benefícios para a operação", disse ele.
(Por Rodrigo Viga Gaier)