Investing.com - As bolsas europeias operaram em queda nesta terça-feira, uma vez que o sentimento econômico alemão entrou atingiu uma baixa de quatro anos em junho e os mercados aguardavam com expectativas de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) corte as projeções de crescimento mundial.
Durante o pregão europeu desta manhã, o índice EURO STOXX 50 recuou 1,19%, o CAC 40 da França caiu 0,92%, ao passo que o DAX 30 da Alemanha operou em queda de 1,24%.
O sentimento econômico alemão deteriorou e ficou no nível mais baixo desde novembro de 2012 em julho, uma vez que o resultado da votação do Brexit atingiu a confiança das empresas, de acordo com dados da indústria divulgados nesta terça-feira.
Em um relatório, o Centro ZEW de Pesquisas Econômicas informou que seu índice de sentimento econômico alemão despencou 26,0 pontos para -6,8 neste mês, de uma leitura de 19,2 em fevereiro.
Os analistas esperavam que o índice caísse 10,2 pontos, para 9,0 em julho.
Às 13h GMT, ou 09h ET, o FMI atualizará suas perspectivas de crescimento mundial e as projeções devem ser cortadas em virtude da incerteza causada pela decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia.
Os investidores também digeriram um grande número de relatórios de ganhos do Velho Continente.
A empresa holandesa de pintura e revestimento, Akzo Nobel, caiu 6% após ter divulgado uma queda de 6% na receita.
A empresa farmacêutica suíça Novartis foi negociada em queda de 0,9% após ter divulgado lucro operacional em consonância com as projeções.
No lado positivo, as ações da varejista de roupas on-line, com sede em Berlim, Zalando, subiram mais de 20% após ter divulgado um aumento de receita de 25% no segundo trimestre e aumentado sua meta para o ano.
Os preços do petróleo somaram-se às perdas durante a madrugada no pregão europeu desta terça-feira, em direção ao nível mais baixo em dois meses em meio a preocupações atuais com um excesso de abastecimento mundial.
O setor energético ficou mais fraco, com as ações da gigante de petróleo e gás francesa Total SA (PA:TOTF) caindo 0,83% e as da italiana ENI (MI:ENI) estáveis 1,27%, ao passo que as da rival norueguesa Statoil ASA (OL:STL) recuaram 0,79%.
O setor financeiro somou-se às perdas, com as ações dos bancos franceses BNP Paribas (PA:BNPP) e Société Générale (PA:SOGN)) recuando 1,13% e 2,28%, ao passo que as dos bancos alemães Commerzbank (DE:CBKG) e Deutsche Bank (DE:DBKGn) caíram 1,34% e 2,36%.
As ações dos bancos italianos Intesa Sanpaolo (MI:ISP) e Unicredit (MI:CRDI) recuaram 2,48% e 3,87% respectivamente, ao passo que as dos bancos espanhóis BBVA (MC:BBVA) e Banco Santander (MC:SAN) caíram 0,85% e 1,42%.
Em Londres, o FTSE 100 de commodities pesadas caiu 0,36%, após os dados de inflação terem mostrado um aumento maior do que o esperado em junho.
As ações de commodities colocaram pressão sobre o índice de referência britânico. As ações da Glencore (LON:GLEN) perderam 4,24% e as da Anglo American (LON:AAL) caíram 3,94%, ao passo que as do BHP Billiton (LON:BLT) e as do Rio Tinto (LON:RIO) operaram em queda de 3,43% e 4,11%, respectivamente.
As ações do setor de energia somaram-se às perdas no geral, com as da BP (LON:BP) caindo 0,74%, embora as da empresa rival Royal Dutch Shell (LON:RDSa) tenha contrariado a tendência com ganhos de 2,02%.
As ações setor financeiro também caíram, com o HSBC Holdings (LON:HSBA) recuando 0,33% e o Royal Bank of Scotland (LON:RBS) caindo 0,61%, ao passo que as ações do Barclays (LON:BARC) e o Lloyds Banking (LON:LLOY) contraíram 1,25% e 1,46% respectivamente.
Nos EUA, os mercados acionários apontaram abertura em baixa. Os futuros do Dow Jones Industrial Average apontaram queda de 0,15%, os do S&P 500 sinalizaram perda de 0,28%, ao passo que os do Nasdaq 100 caíram 0,25%.