Emater vê queda na área com soja no RS, mas salto na produtividade com clima melhor

Publicado 02.09.2025, 11:48
Atualizado 02.09.2025, 12:07
© Reuters.

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) -A área plantada com soja no Rio Grande do Sul em 2025/26 foi estimada em 6,74 milhões de hectares, queda de 0,8% na comparação com o ciclo anterior após o Estado sofrer com intempéries nos últimos anos, de acordo com o primeiro levantamento da Emater para a nova temporada, divulgado nesta terça-feira.

Mas com um salto de quase 60% na produtividade média, para 3,18 toneladas por hectare, considerando a ocorrência de um clima mais benéfico, a safra poderia se recuperar após a seca no ano passado.

A projeção indica que a colheita de soja do Estado, que está entre os três maiores produtores da oleaginosa do Brasil, poderá atingir 21,44 milhões de toneladas, alta de 57,14% em relação à temporada passada, segundo os números preliminares da empresa de assistência técnica ligada ao governo estadual antes de o plantio em 2025/26 começar.

"Importante ressaltar que, de todas as regiões produtoras de soja, três ultrapassam 1 milhão de hectares projetados para serem cultivados nesta safra, que são Bagé, Ijuí e Santa Maria, apesar da pequena redução de área esperada, reflexo da estiagem passada", disse o diretor técnico da Emater, Claudinei Baldissera, conforme comunicado distribuído à imprensa.

Durante a 48ª Expointer, feira agropecuária realizada em Esteio, o meteorologista da Secretaria da Agricultura Flávio Varone afirmou que a probabilidade de La Niña, que tende a trazer chuvas irregulares para o Sul, está diminuindo à medida que se aproxima o verão, o que deve favorecer a produção.

"O gaúcho vem sofrendo há um bom tempo com essas intempéries, fala de clima todo mundo começa a tremer nas bases... (Mas) a situação não é tão caótica... a probabilidade de La Niña já começa a diminuir em novembro, dezembro e janeiro, e diminui muito no início do verão...", afirmou ele durante evento.

A probabilidade para La Niña e uma normalidade climática está mais próxima de 45-50%, até dezembro, segundo números apresentados. Depois aumenta a possibilidade de uma normalidade climática, com a chance de La Niña recuando para menos de 40%.

Neste contexto, segundo Varone, a projeção para a primavera é de chuva acima da normalidade em setembro e outubro, com médias abaixo da normal climatológica em novembro. Já para o verão, a tendência é de chuva próxima da média e temperaturas acima do normal, disse o meteorologista.

MILHO E ARROZ

Já a área plantada com milho no Rio Grande do Sul em 2025/26 foi estimada em 785 mil hectares, alta de 9,3% ante o ciclo anterior, enquanto a safra do importante produtor do cereal no verão aumentaria na mesma proporção para 5,79 milhões de toneladas.

A área plantada com arroz no Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal do Brasil, foi prevista em 920,1 mil hectares, queda de 5,17% ante ciclo anterior. A safra cairia mais de 8% por menores produtividades após uma boa colheita neste ano, para 8,05 milhões de toneladas.

(Por Roberto Samora, edição Alberto Alerigi Jr. e Letícia Fucuchima)

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