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Por Mayank Bhardwaj e Rajendra Jadhav
NOVA DÉLHI/MUMBAI (Reuters) - Os estoques de trigo da Índia mantidos nos armazéns do governo caíram para 9,7 milhões de toneladas métricas, o menor volume desde 2017, depois que dois anos consecutivos de safras baixas levaram o Estado a vender volumes recordes para aumentar o abastecimento interno e reduzir os preços locais.
As reservas de trigo nos armazéns estatais totalizaram 9,7 milhões de toneladas no início deste mês, abaixo dos 11,7 milhões de toneladas em março de 2022, informou a estatal Food Corporation of India.
Apesar da oferta restrita, o governo tem resistido aos apelos para incentivar as importações cortando ou removendo o atual imposto de 40%, ou comprando diretamente dos principais fornecedores, como a Rússia.
Em vez disso, mergulhou nas reservas estatais para vender trigo a consumidores, como moinhos de farinha e fabricantes de biscoitos, para tentar reduzir os preços domésticos que estão acima do preço mínimo de compra fixado pelo Estado desde a colheita da última safra.
Em junho de 2023, o governo começou a vender trigo para empresas privadas e, até o final do mês passado, havia vendido mais de 9 milhões de toneladas, estabelecendo um recorde, disse um alto funcionário do governo, que não quis ser identificado.
Em 2020, a Índia começou a oferecer trigo gratuitamente a milhões de indianos para evitar a escassez de alimentos durante os lockdowns da pandemia.
Mas a menor produção de trigo em 2022 e 2023 significou que os estoques nos armazéns estaduais se recuperaram mais lentamente do que o esperado.
Em 2022, a Índia proibiu as exportações de trigo depois que um aumento nas temperaturas reduziu a produção, mesmo com o aumento da demanda de exportação, já que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia levou a um déficit global.
A proibição não conseguiu impedir o aumento dos preços, e as autoridades do comércio e da indústria disseram que a safra do ano passado foi menor do que as estimativas do governo de um recorde de 110,6 milhões de toneladas.
Em outro sinal de menor produção, o governo comprou 26,2 milhões de toneladas de trigo de agricultores locais no ano passado, em comparação com sua meta de 34,15 milhões de toneladas.
Para repor os estoques, o governo pode aumentar as compras dos agricultores ou permitir as importações, disse um trader de Nova Délhi.