A exportação brasileira de carne bovina (categorias in natura, miúdo, industrializada, tripa, salgada e gordura) atingiu recorde de 267.668 toneladas em julho, representando aumento de 21,6% em comparação com o mês anterior (220.183 t). O faturamento do mês alcançou US$ 1,146 bilhão, o que coloca o resultado entre os dez maiores faturamentos mensais da história das exportações brasileiras e corresponde a um crescimento de 20,3% ante junho (US$ 952 milhões no mês anterior). Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), com base em números divulgados na terça-feira, 6, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Conforme a Abiec, o resultado é justificado em grande parte pelo maior volume embarcado para a China, com 123.400 toneladas e receita de US$ 537,68 milhões.
"Desde setembro de 2023, a China não comprava tanta carne bovina do Brasil", afirmou na nota o presidente da Abiec, Antonio Jorge Camardelli.
Na comparação com o mês anterior, as exportações em julho também cresceram para os Emirados Árabes (11.145 toneladas, crescimento de 18,6% no período), para as Filipinas (12.462 toneladas, crescimento de 49,3%), Rússia (11.259 toneladas e crescimento de 67,5%), Hong Kong (11.453 toneladas e aumento de 23,5%). A Indonésia também merece destaque, como destino de cerca de 2 mil toneladas de carne bovina brasileira em julho, o maior volume desde agosto de 2022, informou.
Segundo Camardelli, "os volumes cresceram graças ao esforço do setor na busca por oportunidades em mercados já abertos e ajustes no mix de produtos, mas o câmbio favorável às exportações também contribuiu".
No acumulado de janeiro a julho de 2024, as exportações de carne bovina brasileira somam 1,56 milhão de toneladas, com faturamento de US$ 6,8 bilhões. A China acumula compras de 689 mil toneladas no período, equivalentes a US$ 3 bilhões, um crescimento de 13,7% no volume, e faturamento estável, frente ao mesmo período de 2023.
Os Emirados Árabes Unidos continuam como segundo maior comprador da carne bovina, sendo o destino para a carne que será consumida no próprio mercado, ou para outros países como Irã, por exemplo.
Os embarques para este mercado somam 106 mil toneladas, entre janeiro e julho de 2024, e US$ 484 milhões, crescimento de 213% e 218 %, respectivamente. As exportações para os Estados Unidos cresceram 30% em volume, alcançando 102 mil toneladas, com incremento de 28% em faturamento, chegando a US$ 614 milhões, entre carne in natura e industrializada.
As exportações brasileiras de carne bovina nestes primeiros sete meses de 2024 também cresceram para Jordânia, atingindo 12.172 toneladas e US$ 47,3 milhões, frente a 5.633 toneladas e US$ 26,3 milhões em 2023.
Destaque também para Líbano, com aumento de 105% em volume e 88% em faturamento, registrando, respectivamente, 11.567 toneladas e US$ 54,4 milhões.
"Caso o mesmo desempenho seja registrado até o fim do ano, o Brasil pode chegar a ultrapassar recordes históricos, tanto em volume quanto em faturamento em ao final de 2024", conclui Camardelli.