SÃO PAULO (Reuters) - As exportações do agronegócio brasileiro em julho alcançaram valor recorde para o mês, totalizando 14,28 bilhões de dólares, principalmente por conta de preços médios mais elevados de milho, soja e carnes, entre outros, disse o Ministério de Agricultura nesta quinta-feira.
Embora o valor das exportações tenha subido 26,8% na comparação anual, trata-se do menor montante dos últimos quatro meses de 2022, disse o ministério, citando quedas de 2,2% no índice de preços e de 6,6% dos volumes exportados ante junho, segundo dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do ministério.
Entre os destaques de julho está o milho, com aumento anual dos volumes de 1,99 milhão de toneladas para 4,12 milhões de toneladas, enquanto o valor exportado, de 1,15 bilhão de dólares (+189,7%), foi recorde para julho, devido à alta dos preços médios de exportação do cereal, 40% superiores em comparação ao mesmo mês do ano passado.
A venda ao exterior dos produtos do complexo soja alcançou 6,03 bilhões de dólares em julho (+21%), com impulso dos preços, uma vez que o volume exportado caiu 9,4%.
Mesmo assim, as exportações de soja em grãos alcançaram valor recorde para meses de julho, somando 4,71 bilhões de dólares (+18,2%).
O setor de carnes também foi influenciado pela alta dos preços médios de exportação (+20,4%), registrando também valores recordes, com 2,37 bilhões de dólares (+16,9%), mesmo diante da queda de 2,9% do volume total exportado.
O principal produto exportado pelo Brasil foi a carne bovina, com vendas recordes de 1,21 bilhão de dólares (+20%), principalmente pelos preços mais altos.
Outro produto do setor com aumento das vendas externas foi a carne de frango. Embora a quantidade exportada tenha registrado redução de 4,4%, o preço médio de venda subiu 26,9%. As exportações alcançaram o recorde de 875,15 milhões de dólares (+21,3%) para meses de julho.
(Por Roberto Samora)